Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 25 de maio de 2022. Leia o original aqui.
Além dos preços que aumentam, a AHRESP também dá conta de que “73% dos empresários da restauração e similares admitiram já ter sentido escassez de produtos essenciais para o exercício da sua atividade”.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) divulgou os resultados de um inquérito realizado em maio onde se chegou à conclusão que a maioria das empresas já sentiu o impacto da guerra na Ucrânia.
De acordo com o inquérito, “a esmagadora maioria das empresas de restauração e similares (94%) já sentiram o impacto da situação de guerra na Ucrânia e da pressão inflacionista na sua atividade desde o início do ano”.
A associação aponta que as consequências são preocupantes: “77% sentiram aumentos de até 50% nos custos com matérias-primas, nos transportes e na energia, enquanto 47% das empresas de alojamento turístico registaram incrementos de até 15%”.
Enquanto isso, 73% dos empresários da restauração e similares admitiram já ter sentido escassez de produtos essenciais para o exercício da sua atividade.
Quanto à atualização de preço,s a AHRESP afirma que “86% das empresas de restauração e similares e 51% do alojamento turístico já tiveram de atualizar os preços de venda, mas até um máximo de 15%, o que revela uma forte contenção por parte das empresas, que preferem esmagar margens a fazer recair o significativo aumento de custos junto dos clientes”.
Ao nível da faturação, 63% das empresas de restauração e similares e 39% das empresas de alojamento continuaram a registar quebras no 1.º quadrimestre de 2022, face ao período homólogo de 2019.
Como forma de resolver o problema, a associação defende “a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas”.
“Os apoios financeiros para a otimização de consumos e a transição energética são também considerados muito importantes”, assegura a AHRESP.