Categoria: Notícias

Restaurante Honest Greens vair abrir no Chiado

  • Set 9
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 6 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

Parte do grupo de restauração Plateform, a marca Honest Greens vai abrir, assim, o seu quarto restaurante em Portugal, depois dos espaços no Parque das Nações e no Amoreiras Plaza, em Lisboa, e mais recentemente na Rua de Santa Catarina, no Porto.

O restaurante de “real food” Honest Greens vai chegar ao Chiado e vai abrir portas na loja do nº 42 da Rua Ivens, num espaço de 500 metros quadrados.

Parte do grupo de restauração Plateform, a marca Honest Greens abrirá, assim, o seu quarto restaurante em Portugal, depois dos espaços no Parque das Nações e no Amoreiras Plaza, em Lisboa, e mais recentemente na Rua de Santa Catarina, no Porto.

“Com uma filosofia muito própria, a Honest Greens aposta em comida ‘real’, sustentável, fresca, plant-based e saudável. Estes valores essenciais são complementados pela irreverência da marca, visível também no look& feel dos espaços, onde predominam as madeiras cruas e muitas plantas”, lê-se no comunicado.

“É um orgulho poder ver o caminho que percorremos até hoje com o Honest Greens. Estamos muito contentes com o resultado deste projeto e com a receção e carinho que recebemos diariamente dos nossos clientes”, afirma o fundador e CEO da Plateform, Rui Sanches.

A operação de arrendamento do imóvel que acolhe o novo espaço da marca foi conduzida pela imobiliária JLL, em representação do proprietário do imóvel. “A execução da obra para instalação do restaurante está a cargo da Tétris, empresa de arquitetura e construção do grupo JLL”, lê-se na nota.

“Trata-se de um edifício de escritórios com uma área bruta de construção de 4.318 m², composto por 5 pisos destinados a escritórios e por um espaço comercial no piso térreo com acesso direto à rua. Este edifício fica próximo da estação de metro Baixa-Chiado e a poucos segundos a pé da movimentada Rua Garret”, indica.

“O Chiado é o ponto central do turismo em Lisboa, além de ser um destino de comércio, cultura e lazer para os residentes de Lisboa e das cidades próximas. É uma zona trendy, onde podemos encontrar as melhores marcas nacionais e internacionais, e um local de eleição para a restauração com novos conceitos, a qual convive com restaurantes consolidados e sofisticados. Qualquer marca que queira evidenciar-se no comércio de rua não pode deixar de marcar presença no Chiado”, diz na nota Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.

APENO pede criação de CAE e código IRS específicos para o sector do enoturismo

  • Set 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 6 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

A Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) pede ao Governo que considere a criação de uma CAE (subclasse) e de um Código IRS para o enoturismo, um sector que classifica como “apetecível”, mas que não tem dados oficiais.

A Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) pediu ao Governo a criação de uma CAE (subclasse) e do código IRS para o sector do Enoturismo, a fim de poder organizar, quantificar e legitimar o sector, fomentando o investimento.

“Sem uma CAE (subclasse) não sabemos oficialmente qual o real valor” da atividade, explica a APENO, acrescentando que é importante saber quantas adegas praticam enoturismo, bem como quanto faturam com a prática.

Com a criação de uma CAE, A APENO diz que haveria a possibilidade de fornecer estatísticas sobre o sector para disponibilizar a empresários, académicos e jornalistas, a fim de fomentar a investigação e o investimento no Enoturismo. Mas até à data, estes dados são inexistentes.

“O enoturismo é muito mais do que um simples produto […]. O Enoturismo abarca o sector primário (agrícola – produção de vinho), o sector secundário (indústria – do vinho) e o sector terciário (serviços – turismo)”, justifica a APENO, vincando que o sector tem demonstrado grande potencial para crescer.

A associação salienta ainda que a importância do sector torna-se ainda mais evidente ao considerar que é praticado através de atividades dispersas em adegas, hotéis, restaurantes, entre outros locais. O problema é que, se, por exemplo, um produtor que tem uma CAE principal de produção de vinho, quiser investir na abertura de um restaurante, um hotel ou uma loja dedicada ao enoturismo, tem de o fazer através de outra CAE secundária, que não está relacionada com o Enoturismo mas sim com CAEs de restauração, de hotelaria ou comércio, já que a de Enoturismo é inexistente, explica.

Na ótica da APENO, é “ilógico” que as práticas de atividades de enoturismo praticadas nestes estabelecimentos não sejam consideradas como tal, “já que são gerados lucros que deveriam ser atribuídos ao Enoturismo e não à restauração, hotelaria ou comércio”.

O acesso a apoios ao sector também é algo que beneficiaria da criação de uma CAE, já que, se um produtor de vinho queira concorrer a estes fundos para, por exemplo, abrir um restaurante, já não terá que abrir uma CAE secundária para o fazer, neste caso seria a da restauração.

De igual modo, a criação de um Código IRS (CIRS) iria permitir saber, por exemplo, quantos profissionais existem a trabalhar no sector do enoturismo, abrindo assim a possibilidade de serem preparadas ações de formação profissional mais específicas e direcionadas ao Enoturismo, alega a APENO, acrescentando que esta medida iria “dignificar” o profissional de Enoturismo.

A APENO diz que já teve reuniões com o Turismo de Portugal e com a Secretaria de Estado do Turismo para discutir estas reivindicações, mas que “já se passaram 15 anos”, sem resultados.

“Não seria uma boa oportunidade para fazer uma nova revisão às subclasses das CAEs, face à realidade existente? Sobre o facto de não existir regulamentação internacional, nem CAEs noutros países, [o presidente do Turismo de Portugal] Luís Araújo está certo, efetivamente não existe. Mas também o Enoturismo ainda não tinha revelado o potencial que tem hoje, e por isso é natural que isso não tenha acontecido”, sustenta a APENO.

Governo da Madeira cria reserva estratégica de cereais para evitar ruturas

  • Set 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 5 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

Esta reserva vai ficar nos silos de armazenagem de cereais localizados no Porto do Caniçal, Zona Franca e Industrial do Caniçal, na freguesia do Caniçal, concelho de Machico, que pertencem à sociedade Silomad – Silos da Madeira.

O Governo da Madeira decidiu criar uma reserva estratégica de cereais para garantir que não surjam ruturas no abastecimento do sector da panificação, num investimento mensal de 60 mil euros, foi anunciado esta segunda-feira.

“O que estamos a fazer é recuperar um conceito já existente no passado de reserva estratégica de cereais na região, aumentando, através de uma forma contratual, a capacidade de stock para que não haja ruturas no abastecimento, sobretudo ao sector da panificação”, declarou o secretário regional da Economia.

Numa conferência de imprensa conjunta com o secretário regional das Finanças, no Funchal, o titular da pasta da Economia do Governo da Madeira (PSD/CDS), Rui Barreto, adiantou que “esta medida passará a vigorar a partir do quarto trimestre deste ano, perdurará durante um ano (são quatro trimestres) e terá um custo mensal a rondar os 60 mil euros”.

“O objetivo é garantir que não há qualquer quebra de abastecimento e que está salvaguardado o interesse da região, nomeadamente para a indústria da panificação, porque o pão é matéria sagrada para o Governo Regional da Madeira”, sublinhou.

Rui Barreto argumentou que, na sequência da crise gerada pela guerra na Ucrânia, perspetiva-se “que o preço do trigo aumente mais de 40% este ano, atingindo máximos históricos em termos nominais”.

“O mundo vive em gritante escassez devido à guerra na Ucrânia e ao bloqueio do transporte marítimo de cereais”, salientou.

O governante referiu que, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, Portugal tem um grau de autoaprovisionamento de trigo inferior a 10% e a balança comercial de trigo nacional é “cronicamente deficitária: em 2021, apenas 6,3% da utilização interna de trigo (consumo humano, alimentação animal, utilização industrial, etc.) era satisfeita pela produção nacional”.

Além disso, indicou, as previsões agrícolas relativas à capacidade de produção nacional em 2022 apontam para uma diminuição da produtividade em cerca de 10% face a 2021.

O responsável mencionou que as mais recentes importações de cereais contratadas pelos operadores da Madeira nos mercados internacionais, em dezembro de 2021, “representaram, comparativamente às anteriores, um acréscimo de custo, quer em termos de preço da matéria-prima como de logística e transporte, superior a 55%”.

Por isso, o Governo Regional considerou “existirem riscos específicos e concretos de interrupção de abastecimento decorrentes do contexto global e da condição insular e ultraperiférica”, pela dependência do transporte por via marítima.

Rui Barreto explicou que a Reserva Estratégica de Armazenagem de Cereais permite, através da capacidade logística de armazenagem e de distribuição instalada, assegurar o normal e regular abastecimento ao mercado regional por um período temporal nunca inferior a dois meses, com vista a impedir a possibilidade de ocorrer uma interrupção da cadeia de abastecimento ou uma rutura de stocks no referido horizonte temporal.

Esta reserva vai ficar nos silos de armazenagem de cereais localizados no Porto do Caniçal, Zona Franca e Industrial do Caniçal, na freguesia do Caniçal, concelho de Machico, que pertencem à sociedade Silomad – Silos da Madeira.

O capital social da Silomad é parcialmente detido pela Insular – Produtos Alimentares, que é a entidade importadora de cereais a granel na região e detém um direito de exclusividade na armazenagem de cereais destinados a alimentação humana.

Volume do comércio a retalho subiu 0,3% na zona euro e na UE em julho

  • Set 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 5 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

Em julho de 2022, houve um decréscimo do índice ajustado de vendas a retalho que chegou aos 0,9% na zona euro e 0,5% na UE, comparativamente com o mês homólogo, de acordo com as estimativas reveladas pelo Eurostat.

O volume ajustado sazonalmente do comércio a retalho aumentou 0,3% em julho, tanto na zona euro, como na UE, comparado com junho deste ano. Em julho de 2022, comparativamente com o mês homólogo, o mesmo índice decresceu 0,9% na zona euro e 0,5% na UE, de acordo com as estimativas do Eurostat.

Na zona euro, no mês de julho, comparado com junho, o volume do comércio a retalho cresceu em 0,4% entre os combustíveis para automóveis e 0,1% em alimentos, bebida e tabaco.

Na UE, o volume do comércio a retalho subiu 0,3% nos combustíveis, enquanto foi notada uma redução de 0,2% para produtos não alimentícios e de 0,1% nos alimentos, bebida e tabaco. Em Portugal, verificou-se, em julho, uma queda de 0,7% em julho, comparativamente com o mês de junho.

Entre os estados-membros cujos dados estão disponíveis, os aumentos mensais mais acentuados no volume total do comércio a retalho foram registados na Alemanha (+1,9%), Países Baixos (+1,7%), Luxemburgo e Polónia (ambos +1,5%). As quedas mais fortes verificaram-se na Áustria (-1,8%), Finlândia (-1,7%) e Espanha (-1,0%).

Na zona euro, durante o mês de julho deste ano, comparativamente com o mesmo mês do ano passado, o volume do comércio a retalho decresceu 2,4% em alimentos, bebida e tabaco, assim como 0,9% para produtos não alimentícios. Em sentido contrário está a variação nos combustíveis, com um aumento de 0,6%.

Na UE, o volume do comércio a retalho caiu 2,0% em alimentos, bebida e tabaco e 0,7% em produtos não alimentícios, enquanto houve um crescimento de 1,3% nos combustíveis. Em Portugal verificou-se, no mês de julho deste ano, um aumento de 3,1% face ao mesmo mês de 2021.

Entre os estados-membros com dados disponíveis, as maiores subidas no volume do comércio a retalho ao longo dos últimos 12 meses foram verificadas na Eslovénia (+25,0%), Malta (+9,0%) e Polónia (7,6%). Por outro lado, foram registadas as maiores reduções na Dinamarca (-7,7%), Luxemburgo (-6,3%) e na Irlanda (-5,6%).

“Sem medidas do Governo na água, está em causa o trabalho de duas décadas”

  • Set 7
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 4 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

A Lusomorango quer continuar a crescer e a conquistar quota no mercado internacional, mas pede melhores condições de produção, especialmente na gestão dos recursos hídricos.

O sector português dos pequenos frutos continuou a crescer, apesar da pandemia, e espera manter a tendência, mesmo com a multiplicação de sinais adversos num negócio virado para a exportação.

Em entrevista ao Jornal Económico, Luís Pinheiro, presidente da Lusomorango, a maior organização portuguesa de produtores do sector das frutas e legumes, que se dedica à produção e comercialização de pequenos frutos, considera que os principais desafios se colocam internamente, a começar pela gestão da água.

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Aprovação do plano da PAC confirma “más notícias” para agricultura familiar

  • Set 7
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 2 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

“Com a aprovação do PEPAC para Portugal, a aplicar no período 2023-2027, confirmam-se as más notícias para a agricultura familiar, para os consumidores e para o ambiente”, apontou, em comunicado, a CNA.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu esta quinta-feira que a aprovação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) confirma “más notícias” para a agricultura familiar, consumidores e ambiente, com os apoios concentrados nos grandes proprietários.

“Com a aprovação do PEPAC para Portugal, a aplicar no período 2023-2027, confirmam-se as más notícias para a agricultura familiar, para os consumidores e para o ambiente”, apontou, em comunicado, a CNA.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia anunciou ter aprovado o primeiro pacote de planos estratégicos de sete países da União Europeia (UE) para a Política Agrícola Comum (PAC), do qual faz parte Portugal, num envelope de 6.700 milhões de euros.

A confederação notou esta quinta-feira que o Governo, na versão final do plano, já demonstrava intenção de prosseguir a aplicação da PAC “privilegiando a agricultura mais industrializada, concentrando os apoios nos grandes proprietários de terras e penalizando os pequenos e médios agricultores”, opção que disse manter-se na resposta aos pedidos de explicação por parte de Bruxelas.

Por outro lado, lamentou que o Ministério da Agricultura tenha apresentando uma nova versão a Bruxelas, sem “qualquer diálogo e auscultação”, mantendo “tudo na mesma”.

Para a CNA, o plano agora aprovado fica “muito aquém das necessidades do país”.

A aplicação da PAC em Portugal, segundo a confederação, não vai assim corrigir a “injustiça na distribuição dos apoios”.

Conforme apontou, os pequenos agricultores vão ver a sua situação agravada, tendo em conta que a nova PAC não apresenta “medidas eficazes” de intervenção no mercado, dando “mais carta-branca à política dos baixos preços na produção”.

Para a CNA, Portugal necessita de uma política agrícola que defenda o rendimento dos agricultores, de modo a aumentar a produção nacional e a garantir a soberania alimentar, a proteção do ambiente, bem como a coesão.

De acordo com Bruxelas, a aprovação constitui “um passo importante para a implementação da nova PAC, a 1 de janeiro de 2023”.

A ‘luz verde’ dada surge depois de, em meados de junho, o Ministério da Agricultura ter submetido à Comissão Europeia o Plano Estratégico da PAC para o período 2023-2027, com um envelope financeiro de 6.700 milhões de euros, verbas que incluem os apoios ao rendimento, os programas setoriais e os programas de desenvolvimento rural para o continente e para as regiões autónomas da Madeira e Açores.

No conjunto, a PAC dispõe de um financiamento de 270.000 milhões de euros para o período 2023-2027, sendo que os sete planos hoje aprovados representam um orçamento total de mais de 120.000 milhões de euros, incluindo mais de 34.000 milhões de euros para objetivos ambientais e climáticos e a regimes ecológicos.

Multipessoal recruta mais de mil profissionais para cantinas escolares em todo o país

  • Set 6
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 1 de setembro de 2022. Leia o original aqui.

 

Entre os perfis procurados estão os de empregado/a de refeitório, cozinheiro/a de 1.ª, 2.ª e 3.ª, técnico/a de nutrição, empregado/a de copa, despenseiro/a e empregado/a de distribuição, avança a empresa em comunicado.

A Multipessoal está a recrutar mais de 1.000 profissionais para trabalhar em cantinas escolares de todo o país no ano letivo que arranca este mês, anunciou hoje a empresa de recursos humanos.

Entre os perfis procurados estão os de ‘empregado/a de refeitório’, ‘cozinheiro/a de 1.ª, 2.ª e 3.ª’, ‘técnico/a de nutrição’, ‘empregado/a de copa’, ‘despenseiro/a’ e ‘empregado/a de distribuição’, avança a empresa em comunicado.

Segundo salienta, “para estas funções é valorizada experiência prévia na função e disponibilidade imediata”.

As vagas correspondem a escolas de todo o território nacional, nomeadamente em Barcelos, Tomar, Ourém, Alcobaça, Mafra, Mealhada, Guimarães, Fafe, Nelas, Vila Verde, Lisboa, Porto, Odivelas, Seixal, Setúbal e Faro.

Os interessados podem consultar as condições e requisitos das oportunidades disponíveis e candidatar-se no ‘website’ da Multipessoal ou, em alternativa, contactar a empresa através do número gratuito 300 525 551.

“Setor do leite vive maior crise dos últimos 20 anos”, alerta presidente da Agros

  • Set 6
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 31 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

O presidente da Agros, uma das maiores uniões de cooperativas de produtores de leite em Portugal, sediada na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, alertou que o setor “está a viver uma das maiores crises dos últimos 20 anos”.

O presidente da Agros, uma das maiores uniões de cooperativas de produtores de leite em Portugal, sediada na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, alertou que o setor “está a viver uma das maiores crises dos últimos 20 anos”.

Idalino Leão apontou que os custos de produção para os agricultores subiram “na ordem dos 50 %”, relacionados com a situação de seca, a guerra na Ucrânia, e a crise no setor da energia, falando em “desânimo devido a condições incomportáveis” para os produtores.

“Estou muito preocupado. Esta é a situação de crise mais grave no setor do leiteiro, provavelmente, nos últimos 20 anos. Os preços de produção ligados à agricultura ficaram completamente descontrolados. O custo de produzir um litro de leite subiu na ordem dos 50 %. Isso tem levado ao desânimo e ao abandono de muitas explorações”, disse o presidente da Agros à Agência Lusa.

O responsável vai mais longe e admite que caso não sejam tomadas medidas em toda a fileira do setor, e não se concretize mais apoio do Estado, pode “a curto prazo faltar leite nas prateleiras dos consumidores, nomeadamente leite de origem portuguesa”.

“O que todo o setor defende é que o preço pago ao produtor suba, acompanhando as tendências do mercado, e que esta subida aconteça também nos outros elos da cadeia [indústria e distribuição], para trazer sustentabilidade toda esta fileira”, analisou Idalino Leão.

O presidente da Agros considera que “será inevitável que o custo para o consumidor final suba” e acredita que a sociedade “vai entender que esse é ajuste é necessário”.

“Se os preços não subirem para o consumidor, não há forma de conseguirmos compensar os aumentos de custos que os agricultores. Para que todos pensem, costumo lembrar que, atualmente, um litro de leite, que alimenta uma família típica durante um dia, está mais barato do que um café”, exemplificou.

Idalino Leão sente a preocupação do governo com esta matéria, mas insta o executivo a “olhar para a agricultura como um setor estratégico de soberania alimentar”, desafiando a que sejam tomadas medidas de apoio.

“Há ações que governo pode e deve fazer, nomeadamente nos custos de energias fixos associados ao nosso setor. Os preços da eletricidade e do gasóleo estão incomportáveis. Em Espanha, por exemplo, há uma diferença de 30 cêntimos no gasóleo. Se não houver essa equidade, pelo menos, na Península Ibérica, será impossível os agricultores portugueses competirem no mercado ibérico”, alertou o líder da Agros.

O responsável lembrou, também, a questão de seca, partilhando que “há já agricultores que não têm alimento nos pastos para os animais, e precisam de ser ajudados”.

“A agricultura tem aportado muito para o PIB nacional, é uma atividade que fixa as pessoas nos territórios menos povoados. Mas, para que essa sustentabilidade social e ambiental continue a existir, é preciso que a atividade tenha, também, sustentabilidade económica”, acrescentou.

Todos estes temas serão alvo de debate na iniciativa Agrosemana, a Feira Agrícola do Norte, que depois de dois anos de interregno, devido à pandémica de covid-19, regressa esta quinta-feira, para quatro dias de atividades, no Espaço Agros, na Póvoa de Varzim.

O evento tem o objetivo de promover e valorizar o setor agropecuário em Portugal e aproximar o público urbano ao mundo agrícola, dando-lhe a conhecer algumas as melhores práticas do setor.

Nas últimas edições, o espaço, que comporta atividades didáticas, pedagógicas e lúdicas, teve visita de quase 100 mil pessoas, e este ano, no âmbito da responsabilidade social do evento, apoia a Operação Nariz Vermelho, instituição particular de solidariedade social que desenvolve atividades com crianças e familiares hospitalizados.

A Agros, que tem como atividade a recolha, o transporte e a comercialização de leite a granel nas regiões de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, e também tem uma vertente industrial através da participação na Lactogal, é uma união de cooperativas do setor que reúne aproximadamente 1000 produtores de Leite.

Bruxelas dá ‘luz verde’ ao plano estratégico português de 6.700 milhões para PAC

  • Set 6
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 31 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

“Hoje [quarta-feira] a Comissão Europeia aprovou o primeiro pacote de planos estratégicos da PAC para sete países: Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Polónia, Portugal e Espanha”, anuncia o executivo comunitário em comunicado hoje divulgado.

A Comissão Europeia anunciou hoje ter aprovado o primeiro pacote de planos estratégicos de sete países da União Europeia (UE) para a Política Agrícola Comum, do qual faz parte Portugal, num envelope de 6.700 milhões de euros.

“Hoje a Comissão Europeia aprovou o primeiro pacote de planos estratégicos da PAC para sete países: Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Polónia, Portugal e Espanha”, anuncia o executivo comunitário em comunicado divulgado esta quarta-feira.

De acordo com Bruxelas, “este é um passo importante para a implementação da nova PAC, a 01 de janeiro de 2023”.

A ‘luz verde’ dada surge depois de, em meados de junho, o Ministério da Agricultura ter submetido à Comissão Europeia o Plano Estratégico da PAC para o período 2023-2027, com um envelope financeiro de 6.700 milhões de euros, verbas que incluem os apoios ao rendimento, os programas setoriais e os programas de desenvolvimento rural para o continente e para as regiões autónomas da Madeira e Açores.

No conjunto, a PAC dispõe de um financiamento de 270 mil milhões de euros para o período 2023-2027, sendo que os sete planos hoje aprovados representam um orçamento total de mais de 120 mil milhões de euros, incluindo mais de 34 mil milhões de euros para objetivos ambientais e climáticos e a regimes ecológicos.

Sardinhas em lata portuguesas dão a volta ao mundo

  • Set 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 30 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

A histórica conserveira Nuri mantém o processo artesanal original, que se mantém inalterado ao longo do último século, sendo a única fábrica de conservas em Portugal que, em toda a sua produção, preserva a tradição secular. 300 latas de sardinhas desta marca vão viajar com Michael Guggenberger na “Golden Globe Race 2022”, uma regata à volta do mundo.

A 4 de setembro, o entusiasta e profissional da vela, Michael Guggenberger, iniciará na “Golden Globe Race 2022” uma regata sem escalas à volta do mundo. Também a bordo, estarão as sardinhas da marca Nuri e best-seller da Pinhais, símbolo incontornável da indústria conserveira nacional.

A famosa lata amarela vai acompanhar o navegador, não só como patrocinador. 300 latas cheias de
sardinhas Nuri darão a volta ao mundo, tendo como ponto de partida Les Sables-d’Olonn, em França.

As latas, que irão dar a volta ao mundo, não se destinam ao consumo durante a corrida, pelo que estarão disponíveis após a corrida numa edição especial limitada na loja online.

A Nuri, marca icónica, inicia assim uma viagem à volta do mundo juntamente com MichaelGuggenberger. O navegador partirá no seu barco chamado “Nuri”, um “Biscay” de 36 pés de comprimento da “Falmouth Boat Constructions”, de 1975, construído especialmente para a corrida.

O barco “Nuri” tem o nome homónimo do principal patrocinador, a tradicional sardinha artesanal de culto portuguesa. “A Nuri, a “Golden Globe Race” e eu estamos unidos por valores como a tradição, paixão, qualidade, amor ao mar e, não menos importante, pelas mãos que com todo o cuidado e mestria relembram artes centenárias.”, afirma Michael Guggenberger, em comunicado.

Desde 1920 que as sardinhas NURI são produzidas em Matosinhos, na Pinhais, casa da marca icónica posicionada para o mercado de exportação. A histórica conserveira mantém o processo artesanal original, que se mantém inalterado ao longo do último século, sendo a única fábrica de conservas em Portugal que, em toda a sua produção, preserva a tradição secular.