Categoria: Notícias

Martín Tolcachir nomeado CEO Global do Grupo Dia

  • Set 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 30 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

Tolcachir assumirá a estratégia da empresa a nível global e liderará a execução da estratégia de aceleração para o crescimento em todos os países onde opera, revela o grupo.

Martín Tolcachir foi nomeado CEO Global do Grupo Dia. Em comunicado a empresa dona dos supermercados Minipreço revela que “o Conselho de Administração do Grupo DIA, sob iniciativa do seu presidente Stephan DuCharme, aprovou a nomeação de Martín Tolcachir, até agora CEO da Dia Argentina, como CEO Global do Grupo Dia”.

Tolcachir assumirá a estratégia da empresa a nível global e liderará a execução da estratégia de aceleração para o crescimento em todos os países onde opera, revela o grupo.

“O novo CEO irá trabalhar lado-a-lado com Stephan DuCharme que, após concluir a fase de redireccionamento da empresa, manter-se-á estreitamente ligado à Dia e continuará a exercer as suas funções de Presidente do Conselho de Administração, de caráter não executivo”, refere ainda o comunicado.

Com esta nova estrutura de liderança corporativa, ao separar as funções de presidente e de CEO, “o Grupo Dia procura acelerar o seu crescimento sustentável e rentável, concentrando-se no desenvolvimento das suas prioridades estratégicas e mantendo uma relação cada vez mais próxima com todos os seus grupos de interesse”.

Nesta “renovada estrutura organizacional” do Grupo Dia, Martín Tolcachir, como CEO Global da empresa, será responsável por implementar a “renovada estratégia da Dia, garantindo a continuidade de uma estratégia que já está a dar frutos”.

A nomeação de Martín coincide com a chegada de uma nova etapa após a consecução de um marco importante “em que a empresa cumpriu substancialmente o seu plano estratégico de 2020 em 80% do seu negócio, que se encontra agora “em crescimento”, conforme anunciado nos resultados do primeiro semestre deste ano.

Neste novo quadro Espanha continuará a desempenhar um papel essencial no crescimento da empresa, já que é um mercado que representa mais de 60% do negócio do Grupo Dia e no qual a gestão irá apostar ainda mais nesta nova etapa. O CEO da Dia Espanha, Ricardo Álvarez, terá um papel fundamental na criação de crescimento e rentabilidade neste mercado para o Grupo Dia e contará com o total apoio de Tolcachir e do Conselho de Administração da Companhia, revela o grupo.

Stephan DuCharme, presidente do Grupo Dia, em comunicado, diz que “após a minha nomeação em março de 2020 como Presidente Executivo, estávamos conscientes que implementar o plano estratégico exigiria paciência e muito trabalho. Isto implicava desenvolver um novo modelo operativo de Grupo, baseado numa liderança nacional descentralizada, com poderes, com plena responsabilidade sobre os resultados, apoiada estrategicamente pela sede corporativa da empresa. Para além disso, era importante fortalecer as relações de confiança com todos os grupos de interesse”.

O gestor revela que “concentrámo-nos em oferecer uma proposta de valor diferenciada relativamente à nossa concorrência, um novo conceito de loja, a revisão do nosso sortido e a aceleração do desenvolvimento da nossa marca própria. Mas, acima de tudo, cimentámos as bases de uma nova liderança e uma sólida equipa de direção. Este plano estratégico já é uma realidade como prova a ascensão de Martín Tolcachir”.

“Estou profundamente orgulhoso de dar por concluída a fase de redirecção da empresa graças à grande equipa com que hoje contamos. Confio plenamente na capacidade de Martín para liderar este grupo de profissionais, apoiando-se no seu conhecimento da nossa empresa e da nossa cultura, na sua experiência anterior como CEO da Dia Argentina e outras multinacionais, assim como, na sua capacidade de enfrentar desafios como o da inflação”, conclui.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade de Buenos Aires e com um MBA pela IMD Business School, o novo CEO Global do Grupo Dia tem mais de 20 anos de experiência no setor da distribuição e grande consumo, em empresas como Carrefour ou Eletrolux. Ingressou no grupo Dia em setembro de 2020.

“Enfrento este novo desafio com enorme responsabilidade e entusiasmo, determinados a fazer com que a soma do trabalho de todos nós que compomos a Dia reforce o nosso foco no cliente e a estratégia de aceleração para o crescimento da nossa empresa. Para tal, continuaremos a apostar na proximidade, sem esquecer os valores que dão sentido à Dia, o seu forte compromisso social e o nosso firme compromisso com os franqueados ​​e fornecedores locais, bem como a digitalização e o comércio eletrónico como alavancas de reforço da proximidade”, revela Martín Tolcachir, novo CEO Global do Grupo Dia, na nota.

“Como CEO Global do Grupo DIA, estou empenhado em manter viva a nossa ambição de liderar a loja de bairro onde quer que operemos e ao alcance de todos. Tenho a certeza de contar com a melhor equipa de profissionais e a certeza de estarmos apoiados na paixão dos nossos colaboradores, franqueados e fornecedores, bem como no compromisso dos nossos clientes em continuar a construir o novo Dia que sonhamos ser”, diz ainda.

No início do mês a cadeia de supermercados Dia anunciou que fechou o primeiro semestre deste ano com um prejuízo de 104,7 milhões de euros, menos uma décima do que os prejuízos contabilizados até junho do ano anterior.

De acordo com o relatório de resultados enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), o grupo alcançou um volume de negócios líquido de 3.465,3 milhões de euros, mais 8,5% do que na primeira metade do ano anterior.

Tal como o Jornal Económico noticiou, o Grupo DIA, donos dos supermercados Minipreço, iniciou negociações para vender parte da sua operação em Portugal.

Alimentação, habitação, energia, restaurantes e hotéis com subidas de preços a dois dígitos

  • Set 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 30 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira a estimativa rápida da inflação em agosto, que não contém dados ainda detalhados, sendo estes conhecidos em 12 de setembro.

A alimentação, habitação e energia, restaurantes e hotéis são as classes de produtos e serviços cujos preços mais aumentaram entre janeiro e julho, variando, respetivamente, 11,47%, 12,92% e 13,08%, segundo o Índice de preços do INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira a estimativa rápida da inflação em agosto, que não contém dados ainda detalhados, sendo estes conhecidos em 12 de setembro.

Os dados relativos a julho revelaram que a inflação homóloga avançou para 9,1%, superando a subida registada no mês anterior, sendo necessário recuar a novembro de 1992 para encontrar uma variação mais elevada.

A análise do índice de preços do consumidor medida pelo INE indica que, entre as 12 classes de produtos de serviços que são consideradas, quatro registam variações de preços de dois dígitos na comparação entre julho e o início do ano, nomeadamente, alimentação e bebidas não alcoólicas; habitação, água, eletricidade e gás; transportes; e restaurantes e hotéis.

Na comparação homóloga, com julho de 2021, além destas categorias de produtos e serviços referidas, há mais uma (a dos acessórios para o lar) com uma subida de dois dígitos.

O agravamento dos preços já vinha a sentir-se desde o ano passado, mas acentuou-se este ano, com o início da guerra na Ucrânia e a forte subida dos preços da energia.

Segundo os dados do INE, a variação homóloga dos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas avançou 14,0%, e 11,47% na comparação com o início do ano. Na habitação, água, eletricidade e gás, o aumento ascende a 17,7%, face a julho de 2021 e a 12,92% face ao início do ano.

A contribuir para a subida dos preços nesta classe de produtos está a variação dos preços da eletricidade (30,54% face a janeiro) e gás (23,54%).

Na classe que integra os restaurantes e hotéis, os dados do INE apontam para uma subida homóloga de 14,65% e 13,08% face ao início do ano, sendo esta explicada essencialmente pelos serviços de alojamento, com uma variação de 61,21% (face a janeiro), enquanto o serviço de refeições em restaurantes, cafés e similares subiu 4,38%.

“Tempestade” na agricultura com seca e subida de custos

  • Set 1
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 27 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

Além da falta de mão-de-obra e aumento das matérias-primas, a seca extrema pesa no sector primário. PRR é escasso, diz CAP.

O problema da falta de mão-de-obra na agricultura tem mais de uma década, segundo a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), mas tem-se vindo a agravar e junta-se a outros problemas que colocam o sector numa “tempestade perfeita”.

Urgem medidas para travar a subida de custos e mobilizar trabalhadores para a atividade e o envelope adicional do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pode dar um empurrão, aponta o presidente da CAP.

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Madeira: Freguesia de Santo António acolhe hoje edição experimental do ‘Festival Frutícola’

  • Set 1
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 27 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

O evento terá lugar a partir das 17h00 no miradouro do Pico dos Barcelos, e é organizado pela Casa do Povo de Santo António.

Este sábado, dia 27 de agosto, a freguesia de Santo António irá ser palco de uma edição experimental de um certame de divulgação do produto de fruticultura denominado ‘Festival Frutícola’.

O evento terá lugar a partir das 17h00 no miradouro do Pico dos Barcelos, e é organizado pela Casa do Povo de Santo António.

A iniciativa visa dar continuidade às atividades do primeiro setor nesta freguesia, destacando a importância dos frutos, principalmente aqueles com caroço (nêsperas, ameixas, etc.), mas que ainda não têm grande valor comercial.

No evento, vai decorrer um debate sob nome “conversas frutícolas” com os oradores engenheiros Joaquim Leça e Pedro Lima e o moderador/comentador Manuel Neto.

Haverá ainda uma demonstração para dar a conhecer as formas que os frutos podem ser utilizados na alimentação humana, em fresco ou processados e derivados, sob direção do chef executivo Nazário Serrão.

O Grupo Folclórico do Centro Cultural de Santo António, a Associação de Fado da Madeira e o cantor Miro Freitas estarão no evento a guiar dinâmicas culturais, tradições, populares e entretenimento. Haverá ainda uma área de comes e bebes e venda de frutas e plantas.

A apresentação do certame é responsabilidade do técnico da SRADR, Carlos Pereira.

Mais se informa que estará disponibilizado um serviço de transporte gratuito limitado ao território da freguesia de Santo António através do contato 935 646 729.

A iniciativa tem o apoio do Governo Regional da Madeira – Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Junta de Freguesia de Santo António.

Horticultores do Oeste desesperam com quebras entre 40 e 50% em várias culturas

  • Ago 31
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 28 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

“Este ano andamos à volta de 50 a 60% porque não há água, as pessoas têm medo de fazer encomendas e depois não conseguirem plantar e nós não semeamos a mais”, afirma à Lusa Luís Pereira, sócio-gerente da empresa, que aponta para uma quebra de 50% na produção de couves na próxima campanha.

Sem água no rio e com a captação subterrânea abaixo dos níveis normais devido à seca, Pedro Guilherme soma quebras na produtividade e prejuízos nas culturas de hortícolas, que levam este agricultor da região Oeste a abrandar a atividade.

Aos prejuízos já contabilizados da batata e das couves da última campanha, com preços de venda baixos e custos de produção elevados, este horticultor começa agora a fazer contas à sua produção de abóboras, prejudicada pela seca.

“No ano passado fiz à volta de cinco hectares, tive uma produção muito maior. Este ano tenho os mesmos hectares, mas devo ter à volta de 40 mil quilogramas a menos devido à seca”, explica à agência Lusa.

As altas temperaturas e a falta de água trouxeram doenças e problemas de crescimento a estes hortícolas.

“Tinha um rio que passava aqui onde ia buscar água quando precisava, mas há três meses não corre aqui um pingo de água. O furo começou a tirar quatro mil litros por hora e neste momento está a tirar mil e quinhentos”, diz.

Com as incertezas quanto à disponibilidade de água nos próximos meses, Pedro Guilherme ainda não decidiu se vai plantar os 80 mil pés de repolhos que encomendou para plantar em outubro.

“O furo está mesmo em baixo. Não está previsto vir chuva tão cedo, então não sei se vou plantar ainda. Se não tivermos água, como vou plantar?”, questiona.

Pedro Guilherme é um dos muitos agricultores que, devido à falta de água, tem vindo a reduzir a área de cultivo e a restringir as encomendas de plantas para a campanha de couves do próximo inverno.

Nos viveiros de plantas Pé da Planta, no concelho da Lourinhã, cerca de metade da área de 3,8 hectares está ocupada, devido à redução do número de encomendas, por receio que a seca esteja para ficar nos próximos meses.

“Este ano andamos à volta de 50 a 60% porque não há água, as pessoas têm medo de fazer encomendas e depois não conseguirem plantar e nós não semeamos a mais”, afirma à Lusa Luís Pereira, sócio-gerente da empresa, que aponta para uma quebra de 50% na produção de couves na próxima campanha.

As charcas que a empresa possui para reter as águas da chuva e regar o viveiro de plantas há muito que deixaram de estar cheias e estão a menos de metade da capacidade.

“Se não chover no mês de outubro, começo a ter medo. Onde vou ter água em outubro?”, pergunta.

A Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) estima para este ano quebras de 40% na produção de abóbora, que foi de cem mil toneladas em 2021, e de couves.

A AIHO pede “urgentemente uma estratégia” para a falta de água no sentido de assegurar o futuro do sector na região.

“Tememos que as próximas campanhas estejam em risco. Hoje, os produtores têm algum receio do que vão fazer porque estamos no verão e não há previsão de chuva. E a próxima campanha está a começar e não temos reservas de água e os furos estão secos”, alerta Renato Gouveia, técnico da associação.

Na região Oeste, os campos deixaram de ter humidade no subsolo e as captações de água subterrâneas deixaram de ter água em abundância com a seca prolongada, por isso são pedidos investimentos em sistemas de retenção das águas das chuvas e dos rios.

Estima-se que mais de metade da produção nacional de hortícolas seja produzida na região Oeste.

O sector hortícola fatura cerca de 500 milhões de euros e emprega entre sete e oito mil trabalhadores quer nas explorações agrícolas, quer nas centrais de processamento e transformação dos produtos.

Agricultura, construção, hotelaria e restauração defendem medidas para mitigar falta de trabalhadores

  • Ago 31
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 28 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defende que Portugal “precisa de ter programas de qualificação mais adequados ao setor”, estimando-se que nesta área de atividade faltem cerca de “cinco milhares” de recursos humanos diferenciados.

A agricultura, construção civil, hotelaria e restauração enfrentam a escassez de recursos humanos, defendendo medidas que mitiguem este problema, sendo que a imigração faz parte de uma solução abrangente, de acordo com os responsáveis contactados pela Lusa.

Em declarações à Lusa, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defende que Portugal “precisa de ter programas de qualificação mais adequados ao setor”, estimando-se que nesta área de atividade faltem cerca de “cinco milhares” de recursos humanos diferenciados.

Eduardo Oliveira e Sousa criticou a “ausência de políticas públicas consistentes e adequadas” para o setor agrícola, apontando que “há muitos anos” que o Estado português, com algumas exceções, “não encara” a agricultura “com a devida consideração”.

Para o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, são necessárias medidas que permitam promover “uma maior mobilidade transnacional dos trabalhadores”.

Estima-se que neste setor falte cerca de 80 mil recursos humanos.

“Estamos a falar da criação de mecanismos que permitam às empresas fazer uma gestão mais dinâmica e eficiente dos seus recursos humanos e estamos a aguardar a publicação da alteração da nova legislação relativa aos vistos, a qual se espera poder dar um contributo positivo para a resolução dos problemas que temos identificado”, refere o responsável.

Por exemplo, o diretor-geral da GesConsult, Nuno Garcia, defende a criação de incentivos para atrair profissionais da construção civil que estão fora do país, setor que sofre “transversalmente com a falta de recursos humanos”.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifesta-se preocupada com a escassez de recursos humanos no turismo, nomeadamente nos setores que representa, e recorda que já apresentou propostas neste âmbito.

A AHRESP acredita que a “imigração faz parte de uma solução abrangente de medidas” para mitigar a falta de recursos humanos no turismo, com a secretária-geral, Ana Jacinto, a congratular-se “com os passos dados pelo Governo”, nomeadamente no que respeita à “agilização dos vistos para os imigrantes” provenientes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Para a responsável, “a solução para a escassez de trabalhadores no turismo não é uma via de sentido único, mas sim uma responsabilidade partilhada por todos e que é preciso agir em várias frentes”, sendo que “é fundamental que as empresas tenham capacidade para gerar riqueza, para poderem oferecer melhores condições aos seus colaboradores, pois apesar da retribuição financeira não ser o único tópico a ter em conta no leque de soluções para o problema, é sem dúvida um ponto incontornável”.

Chef Justa Nobre, guardiã da cozinha de amor e dos mimos

  • Ago 30
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 25 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

Há muitos anos o mestre José Quitério, epítome incontornável da crítica gastronómica em Portugal – daqui um grande abraço, meu querido amigo – terminava uma das suas irrepetíveis crónicas no ‘Expresso’ sugerindo que o restaurante O Nobre deveria ser aprovado por aclamação.

Há muitos anos o mestre José Quitério, epítome incontornável da crítica gastronómica em Portugal – daqui um grande abraço, meu querido amigo – terminava uma das suas irrepetíveis crónicas no ‘Expresso’ sugerindo que o restaurante O Nobre deveria ser aprovado por aclamação.

Mais de três décadas após o início deste sólido trajeto – O Nobre vai completar o seu 32º aniversário a 3 de setembro próximo – não podem ser mais acertados e atuais estes elogios. Também no início do próximo mês perfazem 14 anos que o palácio do bom gosto e do saber servir à mesa idealizado e concretizado pela chef Justa e pelo seu marido, José Nobre, está a funcionar nas traseiras da praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa. Na pandemia, ganhou uma agradável esplanada, totalizando agora 75 lugares sentados no interior, mais 24 no exterior.

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“Europa poderá enfrentar vários invernos de escassez de gás”, avisa líder da Shell

  • Ago 30
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 29 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

A guerra na Ucrânia forçou vários Estados-membros da UE a procurarem alternativas ao fornecimento de gás russo, dado que uma grande parte se encontrava fortemente dependente de Moscovo, que anteriormente assegurava o fornecimento de 40% do gás usado no bloco.

A Europa poderá enfrentar vários invernos de escassez de gás em resultado dos cortes nos fornecimentos russos, disse hoje o Chefe do Executivo da Shell, Ben van Beurden, numa conferência de imprensa na Noruega.

“Pode muito bem acontecer que durante vários invernos tenhamos de encontrar de alguma forma soluções”, disse van Beurden, citado pela “Reuters”.

A guerra na Ucrânia forçou vários Estados-membros da UE a procurarem alternativas ao fornecimento de gás russo, dado que uma grande parte se encontrava fortemente dependente de Moscovo, que anteriormente assegurava o fornecimento de 40% do gás usado no bloco.

Os preços de fontes alternativas de gás subiram como resultado, e alguns países estão a adotar medidas de economia de energia, entre os quais Portugal.

França está a negociar com o Governo da Argélia, através da Engie, um aumento de 50% do fornecimento de gás, em antecipação ao inverno, devido à escassez de energia causada pela guerra da Ucrânia.

Na comitiva do Presidente Macron na visita a Argel e Oran estava a presidente executiva (CEO) da Engie, Catherine McGregor, que se reuniu com o ministro argelino da Energia e Minas e com a Sonatrach, empresa argelina de petróleo e de gás.

Na semana passada, a “BBC” avançou que a Rússia estava a queimar 4,34 milhões de metros cúbicos de gás natural todos os dias, que, em condições normais, seriam exportados para a Alemanha.

O centro de investigação independente Rystad Energy adianta que a central de gás natural liquefeito (GNL) em Portovaya, a noroeste de São Petersburgo, estava a queimar o equivalente a perto de dez milhões de dólares em gasolina diariamente.

Atenção, empreendedores da restauração. Programa que dá 10 mil euros abriu novas inscrições

  • Ago 29
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 25 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

O programa From Start-to-Table, da incubadora Startup Lisboa, está a receber candidaturas de pessoas ou empresas ‘foodtech’ para a quinta edição.

O From Start-to-Table, programa de aceleração da Startup Lisboa para empresas ligadas à restauração, tem as candidaturas abertas para a sua quinta edição. As inscrições estão a decorrer até ao próximo dia 25 de setembro.

Desde 2018, o From Start-to-Table já acelerou mais de 90 projetos inovadores nas suas duas áreas em foco – “Tecnologia para Restauração” e “Novos Produtos de Food & Beverage [Alimentação e Bebidas] Sustentáveis” – e galardoou empresas como a NoSho, a Swee, a Blend ou a Tiger & Bean.

Podem candidatar-se pessoas ou startups (constituídas há menos de cinco anos) que tenham um projeto de tecnologia para a restauração ou novos produtos desde que tragam inovação ao sector, alinhados com objetivos de sustentabilidade ambiental, social e económica. Os vencedores de cada categoria ganham 10 mil euros.

Numa primeira fase, os projetos pré-selecionados serão apresentados a um júri que escolherá até 20 equipas para integrarem o programa. Depois, ao longo de oito semanas, os finalistas vão trabalhar na prototipagem e validação do seu produto e terão acesso a um amplo painel de especialistas, mentores e investidores da indústria.

Entre os peritos estarão representantes da Delta Cafés, Sagres, Zomato e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, contando também com o apoio institucional do Turismo de Portugal.

“A novidade para este ano é a aposta no desenvolvimento da comunidade do From Start-To-Table através do lançamento de um programa de softlanding que apoie as startups a estabelecerem-se em Portugal após a conclusão do programa”, revelou a Startup Lisboa, em comunicado divulgado à imprensa.

Segundo a incubadora lisboeta, o objetivo é ainda desenvolver “um conjunto de eventos e iniciativas que irão ocorrer após o programa de forma a dar continuidade à dinamização do ecossistema de foodtech em Portugal, e ainda o aprofundamento da parceria com a Zomato onde os participantes vão ter acesso a mais apoio direto da equipa da Zomato em diversas áreas (business development, marketing, entre outros)”.

Exportações dos Vinhos do Alentejo sobem para 37,1 milhões de euros

  • Ago 29
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 23 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

“Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, Polónia e Suíça foram os destinos que mais contribuíram para os resultados positivos alcançados”, disse o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.

As exportações dos Vinhos do Alentejo cresceram 12,4% em valor e 9,7% em quantidade no primeiro semestre deste ano, face a período homólogo de 2021, correspondendo a 37,1 milhões de euros.

“São resultados muito animadores e espero que se consigam manter até ao final do ano”, disse esta terça-feira à agência Lusa Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

Segundo o mesmo responsável, se os resultados positivos se mantiverem serão “excelentes sinais de que o Alentejo está a ganhar força lá fora”.

Em comunicado enviado à Lusa, a CVRA indicou que os resultados das exportações dos Vinhos do Alentejo no primeiro semestre deste ano mantiveram “a tendência de crescimento”, com a subida de 12% em valor e de praticamente 10% em volume, em comparação com o primeiro semestre de 2021.

O que correspondeu a 37,1 milhões de euros e a 10,4 milhões de litros de vinho vendidos para o estrangeiro, face a igual período do ano transato.

“Brasil, Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Polónia e Suíça foram os destinos que mais contribuíram para os resultados positivos alcançados”, destacou.

O preço médio por litro de vinho subiu 2,5%, para os 3,57 euros, entre janeiro e junho, com o vinho de Denominação de Origem Controlada (DOC) a registar um crescimento mais acentuado, de 6,1% – para os 5,35 euros – e o Regional a crescer 4% – para os 3,05 euros.

Um índice que “mostra, uma vez mais, que a qualidade dos vinhos alentejanos está a ser valorizada lá fora, com os consumidores dispostos a pagarem um valor mais elevado pelos nossos vinhos”, explicou Francisco Mateus.

Segundo a CVRA, “os bons resultados” obtidos foram alavancados sobretudo pelos mercados brasileiro (+23% em valor e +26% em volume), norte-americano (+21% em valor e +14% em volume), canadiano (+17% em valor e +9% em volume) e polaco (+3% em valor e +1% em volume).

“Também o mercado suíço, o segundo mercado que mais vinho alentejano importa em valor, cresceu mais 9% nesta variável, tendo, no entanto, diminuído o volume em 3%”, acrescentou a comissão vitivinícola.

O presidente da CVRA alertou que, “nos meses de abril a junho”, já se começou “a verificar um abrandamento” do crescimento, o qual, “apesar de tudo, se manteve ainda acima dos números registados no ano passado em todas as variáveis de volume de vinho vendido, preço por litro e valor”.

Esta descida de exportações no segundo trimestre é frequente, pelo que Francisco Mateus disse estar “com muita expectativa” para ver os resultados do terceiro trimestre.

“Estamos com um bom crescimento nos primeiros seis meses e mesmo que seja menor no terceiro trimestre, se o quarto for bom, que para nós é sempre um trimestre pico, conseguiremos ter um ano com desempenho global positivo e crescermos na exportação”, argumentou.

O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.

Com uma área de vinha de 23,3 mil de hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.