Categoria: Notícias

Davvero, realmente a sério

  • Ago 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 30 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

Ali, para os lados das Amoreiras, abriu portas há pouco mais de dois meses o restaurante Davvero, inserido no projeto turístico-hoteleiro Sublime, que tem dado cartas na Comporta.

Ali, para os lados das Amoreiras, abriu portas há pouco mais de dois meses o restaurante Davvero, inserido no projeto turístico-hoteleiro Sublime, que tem dado cartas na Comporta. Pretende-se homenagear os restaurantes clássicos italianos, o mesmo é dizer aliar o design ao conforto. Desafio superado com distinção.

Neste espaço aprazível, a que auguramos um futuro promissor, as honras da casa vão para o chef Isaac Kumi, após uma vida dedicada à cozinha italiana, que o levou a viajar pelo mundo abrindo restaurantes Cipriani, onde trabalhou ao lado de alguns dos mais conceituados chefs italianos. Trabalha aqui sob a alçada do chef executivo do Grupo Sublime, Hélio Gonçalves, um convicto defensor dos sabores e da gastronomia portuguesas. Formado pela hotelaria de Lisboa, Hélio Gonçalves tem trabalhado em vários restaurantes com estrela Michelin. A sua carreira profissional estende-se por 15 anos, culminando no atual cargo.

O restaurante Davvero, localizado na Rua Artilharia 1, é um dos cinco conceitos distintos na gastronomia oferecidos pelo Grupo Sublime e merece toda a nossa atenção.

Estivemos aqui a desfrutar de um jantar de nota superior, em que se nos notabilizou a iluminação q.b. e o toque cosmopolita do espaço, na vertente decorativa e não só.

Nas propostas comestíveis, foi um festim, de tal jaez que não vamos sobrelevar qualquer delas, não sejamos nós acusados de facciosismos.

Assim, aqui vai a lista completa do cardápio atual de almoços e jantares do Davvero, para que todos possam aproveitar a seu contento. Nas entradas, ou couverts, grissinis, brioche, pão branco, queijo Parmesão, azeitonas marinadas, vinagre balsâmico de Modena e azeite ‘Sublime’. No capítulo ‘Risi & Bisi’, tipo umas pré-entradas, temos croquetes de arroz e ervilhas, com Mozarela, creme de ervilhas e hortelã; ‘Bacallá Mantecato’ – uma brandade de bacalhau, acompanhada de polenta negra crocante; e ainda croquetes de novilho (‘Polpetta’).

Nas entradas, ‘Insalata de Castel Franco’ – alface orgânica, grão-de-bico, tomate, cebola roxa, feijão verde, Mozarela, manjericão, vinagrete de mel e limão; e um prato de queijo (‘Formaggio Mediterrâneo’), com Gorgonzola DOP [Denominação de Origem Protegida], Brie, Manchego e queijo de cabra, taambém disponível na área protegida das sobremesas. Mas também uma burrata fresca de búfala, com pesto genovês e tomate cereja assado; ‘Il Nostro Carpaccio’, de carne do lombo, com molho de queijo Parmesão; a ‘Battuta di Carne’ – tártaro de novilho, ovo de codorniz e trufa negra -; ‘Prosciutto Da San Danielle DOP’ (presunto curado italiano); e tártaro de atum com creme de abacate.

Nos primeiros pratos, as alternativas podem recair entre a sopa do dia; taglioni gratinado com cogumelos; spaghetti de Gragnano, queijo pecorino e pimenta preta moída; spaghetti ou spaghettoni de Gragnano com amêijoas; risoto negro de choco; gnocchi caseiro de beterraba com molho Gorgonzola; e tagliatelle caseira fresca com estufado de novilho e porco ibérico.

Nos segundos pratos, ‘Melanzane alla Parmigiana’ – beringela, queijo Parmesão, molho de tomate, Mozarela e manjericão; ‘Branzino’ – tranche de robalo de mar grelhado, claponata, molho de alcaparras e limão; linguado grelhado, mistura de brócolos, molho de fumet e limão; salmão grelhado, outra mistura de brócolos e molho de ovas de salmão; escalopes de vitela, ao molho de limão, com puré de trufas; entrecôte de novilho, batata frita e companhia de molho ‘Grenolata’. E ainda bife do lombo, cenoura e batata baby, com molho Gorgonzola; além de costeleta de porco panada, frita em manteiga clarificada, com rúcula e tomate cereja.

Nas sobremesas, outros prazeres com tiramisú; tarte de chocolate; tarte de limão, gelado de baunilha, avelã crocante e creme de pistacho; torta meringa – pão-de-ló, merengue italiano e chantilly de baunilha ou um prato de frutas da época. Há ainda menus de pequeno-almoço, de bar, snack-bar e outdoor, para servir na esplanada fronteira.

A carta de vinhos, com opção a copo ou de garrafas magnum, inclui quase 120 referências entre brancos, tintos, rosés, espumantes e espirituosos, com predominância de produtores portugueses e italianos. A oferta do Davvero passa ainda por cocktails especiais ao domingo, assim como por pratos mais ligeiros, das 12h30m às 16h, incluídos no pacote ‘Bellini Brunch’. O Davvero recomenda-se, realmente a sério.

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Ucrânia: Primeiro carregamento de cereais deixou porto de Odessa

  • Ago 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 1 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia – um dos principais celeiros mundiais – exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.

O primeiro carregamento de cereais ucranianos deixou o porto de Odessa esta manhã, tal como previsto nos termos do acordo internacional com a Rússia, assinado em Istambul, anunciou o Ministério da Defesa turco.

“O navio Razoni deixou o porto de Odessa em direção ao porto de Tripoli no Líbano. A chegada a Istambul está prevista para 2 de agosto [terça-feira]. Continuará a sua viagem até ao seu destino após as inspeções realizadas em Istambul”, acrescentou.

A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia – um dos principais celeiros mundiais – exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.

Os acordos também permitem à Rússia exportar cereais e fertilizantes.

Dona da Pepsi e da Lay’s escolhe fábrica portuguesa para testar tecnologia de limpeza inovadora

  • Ago 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 31 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

A unidade fabril da PepsiCo em Portugal foi a selecionada para integrar a solução da startup britânica Innovations.

 

A empresa norte-americana PepsiCo, que detém marcas como a Pepsi e a Lay’s, escolheu a sua fábrica no Carregado, em Alenquer, para ser o palco de testes a uma solução tecnológica para revolucionar os processos de limpeza e desinfeção. A integração desta tecnologia inovadora de higiene surge de uma parceria da startup britânica Ozo Innovations.

Em causa está um aparelho chamado “elocube” que converte água fria e sal, através de eletrólise, numa solução química destinada à limpeza e desinfeção. Logo, reduz a utilização de produtos químicos e outros recursos, como água e energia, tornando a higienização do espaço mais sustentável.

“Será mais um passo importante para continuar a fazer da nossa fábrica um exemplo em termos de sustentabilidade e mudança positiva para os nossos consumidores e para o nosso planeta. Ao abraçarmos estas parcerias inteligentes, podemos desbloquear soluções inovadoras, e desempenhar o nosso papel no desenvolvimento de inovações tecnológicas que sejam benéficas para todos”, afirmou o country manager da PepsiCo em Portugal, Fernando Moraga, em comunicado.

A aposta em tecnologia eletroquímica na unidade fabril o Carregado deve-se a uma iniciativa da PepsiCo Lab, o programa de inovação da multinacional, que procura gerar progresso na cadeia de valor através de acordos com empreendedores, por exemplo. Se o projeto for bem-sucedido será escalado a partir de 2023.

“Há uma necessidade urgente de responder ao desafio global das alterações climáticas e a equipa da Ozo é apaixonada por fornecer soluções de higiene seguras, eficazes e inovadoras, que permitam alcançar os objetivos de carbono zero, sem comprometer a segurança alimentar”, explica o CEO da Ozo Innovations, Mark Poole, garantindo que a empresa de Kidlington está entusiasmada por trabalhar com a Pepsico Labs e a equipa em Portugal.

Além desta união fábrica-startup em Portugal, a PepsiCo selecionou mais cinco startups digitais com soluções inovadoras e ligadas à sustentabilidade com as quais vai trabalhar: Pulse Industrial, BrenPower, UBQ Materials, Security Matters e Elateq. Onde serão testadas?

  • Os monitores da Pulse Industrial e da BrenPower detetam falhas e fugas de vapor através de um sistema de inteligência artificial. A PepsiCo quer utilizá-los com o intuito de reduzir as emissões de carbono das suas fábricas e testá-los-á na Turquia.

  • UBQ Materials leva o lixo doméstico, incluindo materiais orgânicos e plástico não reciclável, reduze-o ao seu componente natural básico e converte-o num material termoplástico “climático-positivo”. A PepsiCo utilizará este novo material também na Turquia.

  • Security Matters desenvolveu um sistema invisível de “marcadores” que permite tanto o rastreio físico como digital para identificar, seguir e classificar os resíduos de embalagens, que está ligado a um sistema de blockchain. A PepsiCo irá testar esta tecnologia para permitir o rastreio da reciclagem, autenticação das reivindicações de sustentabilidade e melhoria da triagem dos resíduos. No entanto, a fábrica em específico não foi revelada.

  • Elateq fornece tratamento eletroquímico de águas residuais para remover agentes patogénicos, contaminantes orgânicos e inorgânicos na água, utilizando menos energia. Logo, a ideia é que permita promover um sistema de água circular e cortar a pegada global de carbono nas fábricas da PepsiCo. O piloto será feito na Bélgica.

“Pilotam tecnologias pioneiras e desenvolvem novas soluções que visam resolver os desafios de sustentabilidade que o mundo enfrenta.  Esperamos que, trabalhando em conjunto, possamos acelerar o crescimento destas startups promissoras, ao mesmo tempo que colocamos a sustentabilidade e a inovação no centro do nosso próprio negócio”, comentou David Schwartz, vice-presidente da PepsiCo Labs.

 

Turquia prevê saída de primeiro navio de cereais ucraniano esta segunda-feira

  • Ago 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 29 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

“Os navios estão carregados. Está tudo pronto. Há algumas complicações menores. O primeiro navio pode sair amanhã de manhã”, disse o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin.

O Governo turco anunciou este domingo que o primeiro navio carregado de cereais ucranianos deverá sair esta segunda-feira do porto, no âmbito do acordo de um corredor para a exportação dos grãos da Ucrânia.

“Os navios estão carregados. Está tudo pronto. Há algumas complicações menores. O primeiro navio pode sair amanhã [segunda-feira] de manhã”, disse o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin, durante uma entrevista à emissora turca Canal 7.

Graças à mediação da Turquia, Moscovo e Kiev assinaram em Istambul, em 22 de julho, um acordo que prevê a exportação de cerca de 22 milhões de toneladas de cereais de três portos ucranianos: Odessa, Pivdennyi e Chornomorsk.

Os rebocadores ucranianos levarão comboios marítimos ao longo de uma rota sem perigo, livres de minas flutuantes, e os navios da marinha turca farão a escolta até Bósforo.

Desde a assinatura do acordo que funciona em Istambul um centro de coordenação e supervisão desta rota marítima, com 20 representantes, tanto civis como militares, enviados pela Rússia, Ucrânia, Turquia e Nações Unidas.

Seca. Presidente da CIM espera que obra do Governo para o Tejo saia do papel

  • Ago 5
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 30 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

Em declarações à agência Lusa, após uma reunião que juntou autarcas do Médio Tejo, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, a responsável da CIM/MT definiu as obras estruturais defendidas pelo Governo e cujos estudos estão, atualmente, em curso, como “um caminho” que espera ver “concluído”.

A presidente da comunidade intermunicipal do Médio Tejo (CIM/MT), Anabela Freitas, disse hoje esperar que as obras estruturais preconizadas pelo Governo para enfrentar os períodos de seca na bacia do Tejo saiam do papel e sejam concretizadas.

Em declarações à agência Lusa, após uma reunião que juntou autarcas do Médio Tejo, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, a responsável da CIM/MT definiu as obras estruturais defendidas pelo Governo e cujos estudos estão, atualmente, em curso, como “um caminho” que espera ver “concluído”.

Na reunião, João Paulo Catarino enfatizou a necessidade de medidas estruturais para armazenar água, concretamente a construção de um túnel entre o rio Zêzere e o rio Tejo, “um melhor aproveitamento” do rio Ocreza, eventualmente com a construção de uma nova barragem “de raiz”, a juntar à já existente da Pracana, ou aumentar esta e uma nova gestão da barragem do Cabril, aquando da nova concessão, em 2023.

“Também já tínhamos tomado posição aqui na comunidade intermunicipal sobre o Ocreza, porque nos parece que é uma das soluções de armazenamento de água. Mas quando se fala nas medidas estruturais, do Ocreza, ou do túnel ou da barragem do Cabril, está-se a olhar só de uma dimensão de um problema que tem várias dimensões”, alertou a também presidente de Câmara de Tomar.

Para Anabela Freitas, não se pode lidar com os problemas de seca sem falar, por exemplo, na floresta: “Agora ultimamente fala-se muito na floresta, mas por causa dos incêndios, mas se queremos ordenamento da floresta e todos nós queremos, temos de ver quais as espécies que podem ser plantadas e não sejam grandes consumidoras de água. Está tudo muito preocupado com as águas superficiais, mas temos de preservar as águas subterrâneas”, exemplificou.

Outra preocupação que os autarcas da CIM do Médio Tejo partilharam com João Paulo Catarino passa pela redução das perdas de água nos sistemas de distribuição: “A nível nacional as perdas de água são cerca de 23%, no Médio Tejo temos muito mais do que isso”, revelou a autarca.

“Isto acontece porque temos condutas com 30, 40 anos ou mais. Não adianta estarmos a introduzir sistemas de controlo de água, podemos ter os sistemas mais avançados de telegestão e telemetria, que se as condutas estiverem todas rotas, não adianta. Se a tecnologia não for aplicada em infraestruturas robustas, não serve de nada”, observou.

Dando o exemplo de Tomar, que integra uma empresa intermunicipal que agrega seis concelhos da CIM/MT, Anabela Freitas frisou que, no final de 2021, o volume de perdas de água reportado foi de 46%, quase metade do total de água distribuído.

“Só em Tomar, dois terços das perdas de água estão concentrados em 253 quilómetros de conduta. Estamos a falar de condutas, algumas com 50 anos, todas em fibrocimento, e se queremos discutir o assunto [da seca], ele não pode ser só discutido consoante o organismo do Governo responsável por cada área”, argumentou.

“E os autarcas hoje presentes [na reunião] disseram que estão disponíveis para perceber quais são as soluções estruturais, disponíveis para trabalhar nas mesmas, apoiar o que for preciso, mas também tivemos de dizer quais as nossas preocupações”, afirmou.

Outra preocupação manifestada pelos autarcas passou pelo armazenamento da água para consumo humano na barragem de Castelo de Bode [localizada no rio Zêzere, nos limites dos concelhos de Tomar e Abrantes] e que abastece “metade da população” de Portugal.

“Em fevereiro, quando foram tomadas as medidas de suspensão da produção de energia, aquilo que estava em cima da mesa era termos um nível de armazenamento de dois anos para consumo humano e quisemos saber se se mantinha. Foi-nos dito que não existia alteração, mas o problema é que dois anos é já ali”, notou Anabela Freitas.

Symington entra no capital da Caves Transmontanas

  • Ago 4
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 29 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

Compra de 50% do capital da produtora do espumante Vértice, talvez a marca mais afamada da empresa, resulta de uma vontade antiga da Symington em assegurar um lugar na área dos espumantes.

O grupo Symington Family Estates Vinhos acaba de anunciar que entrou no capital da Caves Transmontanas – empresa que surgiu na década de 1980 – da qual tomou 50% do capital e onde se propõe agora investir “para promover a expansão do negócio”.

Há muito que a Symington “vinha considerando a possibilidade de investir no negócio dos vinhos espumantes portugueses, onde reconhece existir um elevado potencial de valorização e de ganho reputacional”, refere o grupo em comunicado oficial.

A entrada de umas das maiores empresas de vinhos do país na Caves Transmontanas dar-se-á através de um aumento de capital, “o que permitirá criar o suporte financeiro necessário para promover a expansão do seu negócio e o investimento em ativos que lhe permitam continuar a trilhar um caminho de excelência”, refere ainda o comunicado.

O grupo refere ainda que “será nomeado um novo conselho de gerência que assegurará a continuidade da gestão independente deste negócio.

Os Symington são produtores de vinho do Porto no norte de Portugal desde 1882. Graham’s, Cockburn’s, Dow’s e Warre’s (nos Vinhos do Porto) e Quinta do Vesúvio, Quinta do Ataíde, Altano e Prats & Symington (Chryseia), além do novo projeto da Quinta da Fonte Souto no Alto Alentejo (nos vinhos de mesa) são alguns dos seus principais ativos. A família é a principal proprietária de vinhas no Douro, com 26 quintas a perfazer 2.420 hectares, dos quais 1.114 de vinha. “As vinhas são geridas sob princípios de sustentabilidade, e 130 hectares têm certificação biológica”, rara, “a maior área de vinha biológica no Douro”.

O grupo tem efetuado investimentos significativos em investigação na viticultura “para adaptação às alterações climáticas e promove um ambicioso plano de sustentabilidade denominado ‘Missão 2025’, que integra um conjunto de metas”. Em 2019, a empresa alcançou a certificação B Corporation, a primeira empresa de vinhos em Portugal a dar esse passo, “juntando-se a uma comunidade global empresarial auditada segundo os mais elevados padrões de responsabilidade social e ambiental”.

62% dos portugueses dizem que é difícil fazer face às despesas com alimentação e bens essenciais

  • Ago 4
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 29 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

No que respeita aos combustíveis, as sérias dificuldades apresentam-se a 73% da população, enquanto a frequência do consumo fora de casa reduziu 25%.

São 62% os portugueses que consideram muito difícil fazer face ao aumento dos preços dos produtos no setor do grande consumo, como são os produtos alimentares e os bens essenciais. A dificuldade relativamente às despesas com combustíveis é ainda maior, causando grandes dificuldades a 73% da população, de acordo com um estudo da Kantar para a Centromarca, que analisa o comportamento do setor do grande consumo no segundo trimestre do ano.

Na ida às compras, 43% dizem que vão mais vezes ao supermercado à procura de produtos mais baratos. A frequência aumentou 2,8%, enquanto o volume caiu 5,5% os gastos em cada compra reduziram 2,3%. Significa isto que os portugueses procuram otimizar as suas idas às compras, indo mais vezes, mas na procura de comprar menos e gastar também menos.

O diretor geral da Centromarca, Pedro Pimentel, reconhece que “a inflação está a ter um impacto crescente na carteira das famílias portuguesas, obrigando-as a adaptar-se a uma redução do seu poder de compra”.

Relativamente ao consumo fora de casa, os dados também são claros: 67% dos portugueses reconhece precisar de maior controlo nos seus gastos para conseguir gerir o orçamento familiar, enquanto a frequência do consumo fora de casa decresceu em 25%, mas os custos nessas saídas aumentaram 13%, em comparação com 2019.

O preço médio dos produtos de grande consumo (FMCG) é 11% superior ao que era em 2019, acompanhado pelo aumento de 77 euros no valor gasto em alimentação, entre 2019 e 2022.

O setor que contraria o aumento de preços que se tem verificado é o de Higiene e Beleza, com uma redução de 7,2% no preço médio dos produtos em comparação com o mesmo período de 2019.

Uma cesta básica custa hoje mais 10 euros por mês, o que teria um impacto de 189 euros por ano, caso fosse mantida a composição da mesma cesta.

De acordo com Marta Santos, Sector Diretor da Kantar, “o aumento do preço nesta cesta básica foi ultrapassado com novas escolhas pelo comprador, sendo que 45% do aumento de preços foi ultrapassado por mudança nas escolhas dos compradores. Ou seja, a variação do preço do cabaz sem essas novas escolhas implicaria um aumento de preço de 24% face a 2019, enquanto com os produtos agora comprados a variação real não ultrapassou os 13%”, explica.

Restauração cresceu 14,2% em 2021. Fast food com recuperação mais rápida corresponde a um terço do sector

  • Ago 4
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 29 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

Segundo a análise da Informa D&B, o volume de negócios dos restaurantes vai manter a tendência de crescimento este ano, com os principais grupos de restauração no segmento de comida rápida a continuar a ganhar peso face aos restaurantes independentes de comida tradicional.

A faturação do sector da restauração em Portugal cresceu 14,2%, face a 2020, para os 3,5 mil milhões de euros. De acordo com a análise sectorial da Informa D&B, apesar desta “significativa recuperação”, a restauração mantém valores 25% abaixo do que registou em 2019.

O segmento de comida rápida (fast food) foi o mais dinâmico, “devido à sua competitividade de preços e às mudanças nos hábitos de consumo da população. Neste segmento, o volume de negócios cresceu 19% em 2021, para os 1,1 mil milhões de euros, o equivalente a 31% do total do sector”, segundo o comunicado.

De acordo com a análise em causa, o volume de negócios dos restaurantes vai manter a tendência de crescimento este ano, com os principais grupos de restauração no segmento de comida rápida a continuar a ganhar peso face aos restaurantes independentes de comida tradicional.

“É também de assinalar a crescente digitalização de processos e o prolongamento da tendência dos serviços de entrega ao domicílio e de recolha no restaurante, em consequência das mudanças nos hábitos dos consumidores”, acrescenta o documento.

O sector caracteriza-se por um elevado grau de fragmentação empresarial uma vez que a oferta é constituída maioritariamente por operadores independentes de pequena dimensão, em que a propriedade do capital coincide, regra geral, com a gestão da empresa. Contudo, nos últimos anos, tem-se observado uma tendência para a concentração do negócio nas principais cadeias de comida rápida e de restauração informal.

“Em 2020, havia 32 861 empresas gestoras de estabelecimentos de restauração a operar no mercado português mais 570 mais do que em 2019, o que corresponde a um aumento de 1,8%, consolidando a tendência de crescimento observada nos anos anteriores. As cinco empresas principais por volume de negócios detinham uma quota de mercado conjunta que rondava os 14%, enquanto a quota das dez principais se situava nos 17%”, conclui o comunicado.

Pesca dos peixes mero e peixe-cão proibida a partir de hoje na Madeira

  • Ago 3
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 1 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

O Governo Regional justificou a sua decisão pela necessidade de conservar a economia azul bem como assegurar a biodiversidade marinha da região autónoma.

A pesca dos peixes mero e peixe-cão passou a ser proibida nos mares da Região Autónoma da Madeira a partir desta segunda-feira, dia 1 de agosto de 2022, sob pena de sanções para os prevaricadores.

Na resolução governamental, publicada no início do mês passado, o executivo madeirense justificou a decisão devido à importância “crucial” destas espécies endémicas para a economia azul, bem como para a conservação da biodiversidade marinha regional, lembrando o estado atual de conservação do mero.

Esta espécie possui “características biológicas e ecológicas frágeis e vulneráveis, pois reproduz-se tardiamente, apresenta crescimento lento e tem uma longa duração de vida e, consequentemente, afigura-se uma espécie vulnerável a pressões antropogénicas, como a poluição e sobrepesca, pelo que urge adotar as necessárias medidas excecionais de proteção”, lê-se no documento.

Quanto ao peixe-cão, existem “aspetos científicos e de natureza económica” num cenário de escassez deste peixe que justificam a decisão de avançar para a proteção total da espécie.

“As espécies-chave desempenham um papel importante na manutenção da estrutura das comunidades e resiliência dos ecossistemas marinhos insulares. O peixe-cão é importante ao nível ecológico, como predador invertívoro, desempenhando um papel-chave no controlo do tamanho das populações de ouriços do mar, espécie engenheira, promotora de desenvolvimento de zonas de desertificação, pobres em biodiversidade e com baixa produtividade”, afirma ainda o Governo Regional.

Os últimos estudos científicos da Direção Regional do Mar apontam para “o aparecimento significativo de zonas de desertificação nos ambientes marinhos costeiros da Região, e um decréscimo significativo da abundância do peixe-cão.”

Outras razões que levaram a esta decisão prenderam-se ao facto de a Madeira “liderar no país a criação de reservas marinhas, de recifes artificiais, proteção das espécies e da biodiversidade marinha, investido na ciência, investigação e nas tecnologias” e a decisão agora de proteger o mero do peixe-cão caminha para reforçar essa liderança.

O mero é ainda um dos principais motivos de atração para mergulhadores e uma das espécies mais emblemáticas da biodiversidade marinha da região. A espécie encontra-se num estado vulnerável, na chamada “linha vermelha” e com pouca expressão comercial. De acordo com dados da secretaria regional de Mar e Pescas, através da direção de serviços de Lotas e Entrepostos, nos últimos cinco anos, a sua comercialização representou um volume de negócios na ordem dos 2.700.00 euros por ano, com a captura a rondar os 300 quilos por ano.

Na região realizam-se aproximadamente 10 mil mergulhos subaquáticos por ano a um custo médio de 30 euros, nos quais a observação do mero é a principal atração. Partido desse cálculo, no final do ano a faturação corresponde a 300 mil euros. “Ou seja, um mero vivo, vale muito mais do que um mero capturado, e o seu valor é ainda muito mais acentuado se tivermos em linha de conta que um mero pode viver 40 anos”.

Quanto ao peixe-cão, nos últimos cinco anos, a captura média anual foi de 320 quilos, tendo o seu valor comercial faturado 1.500 euros por ano. Esta é uma espécie endémica da Macaronésia (Madeira, Açores e Canárias), fulcral para controlar a população de ouriços do mar, que são a base da sua alimentação, evitando a sua proliferação.

Ucrânia: Primeiro carregamento de cereais deixou porto de Odessa

  • Ago 3
  • 0
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 1 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia – um dos principais celeiros mundiais – exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.

O primeiro carregamento de cereais ucranianos deixou o porto de Odessa esta manhã, tal como previsto nos termos do acordo internacional com a Rússia, assinado em Istambul, anunciou o Ministério da Defesa turco.

“O navio Razoni deixou o porto de Odessa em direção ao porto de Tripoli no Líbano. A chegada a Istambul está prevista para 2 de agosto [terça-feira]. Continuará a sua viagem até ao seu destino após as inspeções realizadas em Istambul”, acrescentou.

A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia – um dos principais celeiros mundiais – exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.

Os acordos também permitem à Rússia exportar cereais e fertilizantes.