A alergia alimentar constitui uma doença crónica que afeta milhões de pessoas a nível global e, à data, não existe nenhum tipo de tratamento eficaz no combate à mesma, sendo a única solução a ausência do alimento na dieta de pessoas alérgicas ao mesmo. Contudo, para os investigadores da Universidade do Algarve, a abordagem a este desafio foi tudo menos convencional.
Enquanto que na maior parte das alergias, a abordagem terapêutica passa por controlar os sintomas provocados pelo elemento alergénico no paciente, os investigadores portugueses dedicaram-se a retirar, controladamente, as proteínas responsáveis pela alergia do alimento em si, desenvolvendo um produto seguro, neste caso peixe.
“O peixe é considerado o terceiro alimento mais alergénico, afetando entre 2-5% da população mundial adulta com uma maior incidência em crianças e jovens onde esta percentagem ronda os 6%”, garantem.
Este projeto valeu à Universidade do Algarve duas distinções na mais recente edição dos Food & Nutrition Awards, cuja lista completa de vencedores pode ser conhecida aqui. Assim, a instituição somou os prémios de Investigação e Desenvolvimento, bem como o prémio Born From Knowledge, atribuído pela ANI e pelo FNA.
Conheça melhor este projeto na breve conversa em cima, com Pedro Rodrigues, Docente da Universidade do Algarve e Investigador do CCMAR.