Grilo doméstico é o terceiro inseto autorizado por Bruxelas como ingrediente alimentar

  • Fev 17
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 11 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Os grilos-domésticos serão disponibilizados inteiros – congelados ou desidratados – e em pó, esclarecem os responsáveis da Comissão Europeia.

O grilo doméstico é o terceiro inseto autorizado pela Comissão Europeia (CE) a ser utilizado como ingrediente alimentar no mercado da União Europeia (UE), sendo o terceiro inseto a ser aprovado nesta tendência dos novos alimentos.

“A Comissão autorizou ontem a comercialização do grilo-doméstico (Acheta domesticus) como novo alimento na UE. É o terceiro inseto aprovado com êxito para consumo e segue-se a autorizações já concedidas no passado mês de julho para as larvas de tenébrio desidratadas e em novembro para os gafanhotos-migratórios”, anuncia um comunicado do RAPID – boletim informativo da representação da Comissão Europeia em Portugal.

De acordo com esse documento, “os grilos-domésticos serão disponibilizados inteiros – congelados ou desidratados – e em pó”.

“Esta autorização foi aprovada pelos Estados-Membros em 8 de dezembro de 2021, na sequência de uma avaliação rigorosa da Agência Europeia para a Segurança dos Alimentos, que concluiu que o consumo deste inseto é seguro para as utilizações apresentadas pela empresa requerente. Os produtos que contêm este novo alimento serão devidamente rotulados para assinalar quaisquer reações alérgicas potenciais”, esclarece o referido comunicado.

Os responsáveis da CE recordam que, “nos últimos anos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura concluiu que os insetos são uma fonte alimentar nutritiva e saudável, com elevado teor de gordura, proteínas, vitaminas, fibras e minerais”.

“Além disso, os insetos constituem uma parte substancial da dieta diária de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo. No contexto da Estratégia do Prado ao Prato, os insetos são também identificados como uma fonte alternativa de proteínas que poderia facilitar a transição para um sistema alimentar mais sustentável”, conclui o comunicado em questão.