Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 28 de janeiro de 2022. Leia o original aqui.
“Chegou o momento de o Estado português acelerar o reconhecimento dos comprovativos vacinais de fora do espaço da UE, tais como o Brasil e os Estados Unidos, desde que os cidadãos destes países façam prova que foram imunizado”, apela ainda a associação.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) enalteceu esta sexta-feira a recomendação do Conselho Europeu de livre circulação para cidadãos com certificado digital da União Europeia (UE), vacinados ou recuperados. Independentemente da situação epidemiológica do país de origem, Bruxelas não quer restrições adicionais, como testes ou quarentenas.
A AHRESP espera que esta recomendação, que deverá ter efeitos a partir do dia 1 de fevereiro, seja implementada “rapidamente” pelos 27 Estados-membros, nomeadamente Portugal, onde continua a ser exigido a vacinados e não-vacinados teste laboratorial negativo, até 9 de fevereiro, para poder entrar em território nacional.
“Chegou o momento de o Estado português acelerar o reconhecimento dos comprovativos vacinais de fora do espaço da UE, tais como o Brasil e os Estados Unidos, desde que os cidadãos destes países façam prova que foram imunizados com as vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos”, afirma a associação que representa o sector da restauração e hotelaria, no boletim diário.
A nova recomendação europeia, acordada no início da semana no Conselho de Assuntos Gerais, substituirá as regras existentes a partir do início do próximo mês, quando começam também a estar operacional um novo período de aceitação de 270 dias para os certificados de vacinação. “Com a estabilização da situação pandémica e uma das coberturas vacinais mais elevadas do globo, o nosso país poderá estar na dianteira da retoma da atividade turística ao adotar medidas de flexibilização das regras Covid nas próximas semanas”, refere a AHRESP.
Em vésperas de eleições, a associação apresentou recentemente 20 medidas para tentar relançar a economia num contexto em que ainda paira incerteza sobre a evolução da pandemia e as empresas de deparam com subidas de custos energéticos e das matérias-primas: a implementação de mecanismos/plataformas de apoio à contratação de recursos humanos (nomeadamente o recrutamento “organizado” de imigrantes), um incentivo à procura ativa de emprego através da concessão ao desempregado de um “prémio de inserção no mercado de trabalho”, um plano de formação de curta duração para quem não tem qualificações suficientes para entrar no mercado de trabalho e faz falta, por exemplo, em hotéis, e investimento em campanhas de valorização e dignificação das profissões do turismo.
A “AHRESP considera absolutamente essencial que o próximo Governo promova um alinhamento estratégico com vista à recuperação e desenvolvimento do nosso tecido empresarial, decisivo para a retoma da economia nacional”, concluiu, lançando um apelo para a próxima legislatura.