“Carne Ramo Grande” reconhecida como denominação de origem protegida pela UE

  • Fev 8
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A Comissão Europeia anunciou em comunicado que esta carne produzida nos Açores foi adicionada ao registo das DOP.

O registo de denominação de origem protegida são indicações geográficas definidas na legislação da UE para proteger produtos tradicionais. Este registo conta com  uma lista de 1.574 produtos agrícolas protegidos, que constam na base de dados da eAmbrosia, plataforma com o registo legal das indicações geográficas registadas e protegidas em toda a UE.

A Comissão Europeia destaca que esta carne da raça bovina Ramo Grande, criada no arquipélago dos Açores, é influenciada  “pelas condições naturais do arquipélago”. Em concreto, “as condições climáticas dos Açores, combinadas com a técnica especial de reprodução, permitem o pastoreio durante todo o ano” e acrescenta que “os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”.

A “Carne Ramo Grande” é “uma carne de cor vermelho vivo, com tendência a ficar mais intenso em contacto com o ar e com a idade do animal, de consistência firme decorrente da presença de tecido conjuntivo interfascicular em proporção variável e com cheiro aromático intrínseco da espécie” informa a a página na Internet da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural sobre produtos tradicionais portugueses. Ainda segundo a mesma página, para chegar a tais características, a alimentação dos animais é feita de acordo com os moldes tradicionais de criação, pelo que a base da alimentação são as pastagens, naturais ou melhoradas. Ainda segundo  a DGADR a área geográfica abrangida por esta denominação é todo o arquipélago dos Açores.

Em resposta aos jornalistas António Ventura, Secretário Regional da Agricultura, declarou que “É um bem que nós temos de reconhecimento internacional. Temos de estar todos felizes e orgulhosos por mais este bem alimentar que é produzido nos Açores e que obviamente valoriza a nossa história e vai valorizar o nosso futuro”.

Acrescentou ainda que “os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”.O secretário regional da Agricultura, sublinhou também que esta designação confere “suporte jurídico e de reconhecimento internacional” a um “produto único que resulta do saber fazer e das condições edafoclimáticas e geográficas” dos Açores. “A carne tem de facto sabor diferente, é uma carne com a apreciação diferente de todas as outras carnes. Temos um produto único e, por isso, tem a denominação de origem protegida”,

Por fim lembou que “Para aderirem novos produtores não é só necessário este selo de qualificação. É preciso agora – e a bola está do nosso lado – a existência de um plano de afirmação deste mesmo reconhecimento. Vamos suportar-nos neste selo e nesta valorização internacional para criar mercado e conquistar novos mercados”.