Dia com prejuízos de 104,7 milhões no primeiro semestre

  • Ago 11
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 4 de agosto de 2022. Leia o original aqui.

 

A cadeia de supermercados, com sede em Madrid e que em Portugal é dona do Minipreço revela que o prejuízo líquido do semestre situou-se nos 104,7 milhões de euros, em linha com o mesmo período do ano anterior, e destaca a melhoria do resultado financeiro.

A  cadeia de supermercados, com sede em Madrid e que em Portugal é dona do Minipreço revela que o prejuízo líquido do semestre situou-se nos 104,7 milhões de euros, em linha com o mesmo período do ano anterior, e destaca a melhoria do resultado financeiro.

“O prejuízo líquido do semestre é reduzido em 0,1% em relação ao primeiro semestre de 2021” e a “dívida financeira do Grupo, por seu lado, aumenta 71,9 milhões face a dezembro de 2021, para os 476,1 milhões de euros”, sendo este “aumento deve-se principalmente aos 134,3 milhões investidos no semestre, dos quais cerca de metade correspondem a investimentos previstos no âmbito do programa de remodelação de lojas que a empresa está a realizar”.

Os resultados alcançados no primeiro semestre do ano representam um ponto de viragem para a transformação que o Grupo Dia iniciou há três anos. Com a proximidade como alavanca estratégica, a empresa confirma a execução de seu plano estratégico em 80% do seu negócio.

O grupo espanhol alcançou no primeiro semestre os 51 milhões de euros de EBITDA Ajustado, 6,5% mais do que no mesmo período de 2021, mantendo a margem de 1,5%, um nível semelhante ao do primeiro semestre do ano anterior, “graças à melhoria da gestão operacional e à disciplina no controlo de custos que permitiu contrariar os sobrecustos de energia e combustíveis face a 2020, e os custos operacionais que aumentaram devido ao programa de remodelação de lojas”. O grupo diz que implementou substancialmente o seu plano estratégico em 80% do negócio.

O Grupo Dia avança que, “no complexo ambiente económico atual, centrou os seus esforços na gestão do EBITDA Ajustado que alcança os 51 milhões no primeiro semestre do ano e mantém a margem em 1,5%, apesar do sobrecusto da energia e dos combustíveis”.

Os resultados do primeiro semestre de 2022 representam um ponto de inflexão para o Grupo DIA. Os efeitos positivos da transformação começam a notar-se permitindo-nos afirmar que o Grupo já entrou na fase de consolidação”, diz o Grupo Dia em comunicado.

Em Espanha a proximidade é a alavanca estratégica e 68% da rede de proximidade foi transformada no novo conceito de loja, ganhando quota de mercado a superfície comparável. A Argentina tem 39% da rede remodelada e é líder na cidade de Buenos Aires com 30% do mercado. No Brasil e Portugal o Dia diz que há um progresso significativo na implementação dos seus modelos de negócio.

As vendas líquidas cresceram 8,5% relativamente ao primeiro semestre de 2021, para 3.465,3 milhões de euros, apesar de uma redução do parque de lojas de 4,3%. O crescimento positivo regista-se na Argentina, Brasil e Espanha, com a subida do peso da marca própria e da venda através de franquia.

“Em termos de vendas comparáveis Like-for-Like, aumentam 2,6% relativamente ao mesmo período de 2021 e salienta a boa evolução registada no segundo trimestre, com crescimento positivo em todos os mercados onde o Grupo Dia tem operações”, lê-se no comunicado. Este crescimento das vendas comparáveis, aliado a um menor perímetro de lojas (-2,1%) e ao efeito cambial negativo de 0,4%, favoreceram o crescimento de 0,1% das vendas brutas sob insígnia do semestre, para os 4.142,5 milhões de euros.

No decurso deste semestre, o Grupo Dia adicionou 53 lojas franqueadas, para um total de 2.763, ou 63% da rede de proximidade. Para além disso, o peso da venda das lojas franqueadas passa de 32% das vendas líquidas totais no primeiro semestre de 2021, para 36% no primeiro semestre deste ano, avalizando a excelente aceitação deste modelo por parte dos parceiros franqueados e o bom trabalho que estão a realizar, bem como a boa aceitação por parte dos seus clientes.

O endividamento financeiro líquido aumenta em 72 milhões de euros, alcançando os 476 milhões, “derivado principalmente dos fortes investimentos realizados como parte do ambicioso plano de remodelação de lojas em curso”, revela o grupo espanhol.

“O primeiro semestre de 2022 apresentou-nos um cenário económico complexo, marcado pela inflação e pelo aumento do custo das matérias-primas, combustíveis e energia. Apesar disso, os avanços alcançados até junho, a avaliação positiva dos nossos clientes e franqueados e o apoio que os nossos acionistas demonstraram na Assembleia Geral Ordinária realizada em junho, indicam um claro ponto de viragem para a empresa”, afirma Stephan DuCharme, presidente executivo do Grupo Dia.

O CEO dia ainda que “podemos constatar isso num dado muito relevante: Espanha e Argentina (que já representam 80% das vendas líquidas do Grupo) estão a crescer”.

“A execução e os resultados do plano estratégico permitem-nos afirmar que entrámos na fase de consolidação destes avanços. Brasil e Portugal estão a trabalhar no desenvolvimento dos seus modelos de negócio e a alcançar avanços significativos que também os aproximam da conclusão de seu plano de transformação”, acrescenta.