Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 22 de agosto de 2022. Leia o original aqui.
Um relatório de agosto do Observatório Europeu da Seca (EDO), aponta que 47% da Europa está sob condições de alerta.
A Europa enfrenta a pior seca dos últimos 500 anos, com dois terços do continente em estado de alerta ou alerta, reduzindo o transporte marítimo interior, a produção de eletricidade e os rendimentos de certas culturas.
As conclusões surgem no relatório de agosto do Observatório Europeu da Seca (EDO), supervisionado pela Comissão Europeia, e divulgado pela “Reuters”, aponta que 47% da Europa está sob condições de alerta, com claro défice de humidade do solo.
“A seca severa que afeta muitas regiões da Europa tem vindo desde o início do ano a expandir-se e a piorar a partir do início de agosto”, destacou o relatório, acrescentando que a região oeste europa-mediterrâneo provavelmente experimentará condições mais quentes e secas do que as condições normais até novembro.
Grande parte da Europa enfrentou semanas de altas temperaturas este verão, que pioraram a seca, causaram incêndios florestais, dispararam alertas de saúde e provocaram pedidos por mais ações para combater as mudanças climáticas.
As culturas de verão têm sofrido, com a produção de 2022 para o milho estando 16% abaixo da média dos cinco anos anteriores e a produção de soja e girassóis deve cair 15% e 12%, respetivamente. Por sua vez, a geração de energia hidrelétrica foi atingida, com mais impacto sobre outros produtores de energia devido à escassez de água.
O indicador de seca do observatório é derivado de medidas de precipitação, humidade do solo e da fração de radiação solar absorvida pelas plantas para fotossíntese.