Indústria alimentar e de bebidas deve acelerar a sua digitalização para se manter competitiva

  • Abr 18
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  • marcelo

As grandes empresas de alimentação e bebidas terão de acelerar o processo de digitalização se quiserem manter-se competitivas, indica um estudo da Siemens PLM Software, unidade de negócio da Siemens Digital Factory Division.

O inquérito revela que a maioria das empresas de alimentação e bebidas ainda está apenas na primeira fase da digitalização, não obstante o potencial do sector. O estudo relembra que haverá mais mudanças nos produtos de grande consumo embalados nos próximos cinco anos do que houve nos últimos 50. Além disso, em 2020, haverá três mil milhões de novos consumidores para esta indústria.

Este contexto trará desafios para as empresas do sector que ainda não estejam a integrar uma estratégia de indústria 4.0. As tendências de mercado indicam uma maior personalização dos produtos, maior variedade de embalagens, alimentos e bebidas mais saudáveis, exigências regulatórias ainda mais exigentes quanto à qualidade e processos, forte pressão das margens nos preços e rapidez na chegada ao mercado.

Uma das grandes preocupações do sector vem da segurança alimentar, outra das oportunidades da indústria 4.0 com ferramentas específicas para a rastreabilidade total de um produto. Este nível de escala e complexidade do sector tem um impacto direto nas organizações. “É importante que as empresas aproveitem as oportunidades oferecidas pela indústria 4.0 para não perderem o comboio da competitividade”, assegura Joan Francàs, vice-presidente sénior e diretor geral da Siemens PLM Software para Portugal e Espanha.

A aplicação destes conceitos e soluções à indústria de processos acelerou nos últimos cinco anos, mas ainda há trabalho a fazer, indica o estudo. “Uma razão pela qual a adoção é mais lenta é que as empresas alimentares e de bebidas tendem a estar fragmentadas. Estas funções têm objetivos e capacidades muito diferentes, pelo que a digitalização tem significados muito distintos para, por exemplo, a área comercial e para a de I&D”, acrescenta.

A Siemens PLM Software defende que, para que este período seja favorável ao sector alimentar, as empresas devem rentabilizar as vantagens da digitalização em todos os aspetos, desde a reestruturação da cadeia de valor até à adoção e virtualização e aproveitamento dos dados proporcionados pelo Big Data e pela Internet das Coisas. “Imaginemos que as vendas de alimentação online disparam na América do Norte e na Europa Ocidental. As análises de Big Data permitem ao sector dispor de informação pormenorizada sobre as tendências de compra e prever as necessidades dos clientes, em vez de apenas reagir às mesmas. Com esta informação, é possível fazer uma personalização maior e mais barata”, afirma Joan Francàs.

 

Fonte: Grande Consumo