Inflação fixa-se nos 5,3% em março. Preço da energia em máximo de 31 anos

  • Abr 15
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 12 de abril de 2022. Leia o original aqui

 

Em termos gerais, a variação mensal da inflação foi de 2,5%, quando tinha sido de 0,4% em fevereiro e 1,4% no período homólogo de 2021.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a inflação em Portugal se fixou em 5,3% em termos homólogos, o mesmo valor que tinha avançado na estimativa rápida de 31 de março. Assim, e segundo o órgão estatístico, este é o valor mais elevado desde junho de 1994, em 28 anos.

O crescimento até aos 5,3% acontece depois de uma taxa superior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.

Com exceção dos produtos energéticos e alimentares, a taxa de inflação subjacente acelerou e situou-se nos 3,8%, representando uma subida em relação aos 3,2% registados no mês anterior. A variação na energia cresceu para 19,8% em relação aos 15% verificados em fevereiro de 2022, sendo este o registo mais elevado desde fevereiro de 1991, em 31 anos.

Por sua vez, o índice referente aos produtos alimentares não transformados fixou-se em 5,8%, um crescimento significativo face aos 3,7% do mês anterior.

Em termos gerais, a variação mensal da inflação foi de 2,5%, quando tinha sido de 0,4% em fevereiro e 1,4% no período homólogo de 2021. A variação média dos últimos 12 meses foi de 2,2%, quando comparado com os 1,8% registados em fevereiro. Assim, confirma-se que os subindicadores do índice de preços no consumidor aceleraram no momento em análise.

No entanto, a inflação nacional é inferior em 2 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro, “refletindo sobretudo diferenças apreciáveis no comportamento dos preços dos bens energéticos, em particular da eletricidade”, escreve o INE.

“Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, a inflação harmonizada em Portugal atingiu uma variação homóloga de 4,1% em março, superior à taxa correspondente para a área do euro (estimada em 3,2%), apresentando um perfil ascendente muito pronunciado”, adianta o gabinete estatístico.

O índice harmonizado registou ainda uma variação mensal de 2,6%, quando foi de 0,5% no mês anterior e de 1,5% em março de 2021, e uma variação média dos últimos 12 meses de 2%.