Inflação. Portugueses a partir dos 55 anos são os que têm mais dificuldades para pagar subida dos preços

  • Jun 20
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 9 de junho de 2022. Leia o original aqui.

 

Sete em cada dez portugueses estão a sentir dificuldades em pagar as contas devido à subida dos preços.

Face à subida generalizada de preços, 72% dos portugueses estão a conter os gastos, especialmente as famílias em que o rendimento do agregado é inferior (87%), mas também os adultos entre os 55 e 64 anos (81%), os idosos entre os 65 e os 74 anos (80%), e os residentes em Lisboa (80%).

Segundo o novo estudo do Observador Cetelem Consumo em tempos de inflação 2022, seis em cada dez portugueses acreditam que as despesas irão aumentar nos próximos dos 12 meses, especialmente, os residentes da região Centro (70%). Por  sua vez, 31% tencionam aumentar as poupanças. Face ao inquérito de novembro de 2021, observa-se uma inversão da tendência, uma vez que nessa altura 59% pensavam aumentar as suas poupanças nos 12 meses seguintes.

Também há mais dificuldades no pagamento das despesas mensais fixas, com 59% dos cidadãos a declararem-no, registando-se o valor mais elevado dos últimos dois anos: era de 34% em junho de 2020 e de 42% em abril de 2021. Destes seis em cada dez portugueses, 26% revelam sentir muitas dificuldades e 33% algumas dificuldades. As faixas etárias dos 65 aos 74 anos (70%) e dos 55 aos 64 anos (69%) são os que aparentam ter uma maior dificuldade no pagamento das despesas fixas. O mesmo acontece com os inquiridos da classe com menores rendimentos (84%).

Numa análise regional, mais uma vez, os residentes da região Centro demonstram mais uma vez estar com dificuldades em lidar com a situação atual, ao serem aqueles que expressam ter mais dificuldades também com o pagamento das despesas fixas mensais (68%).

No que respeita às despesas extra, quase três em dez (27%) não têm capacidade de as suportar e outros tantos afirmam já terem recorrido às poupanças para fazer face ao aumento dos preços. Ainda assim, metade dos 55% que têm capacidade dizem que não conseguiriam suportar uma despesa extra superior a 500 euros.