Lucros da Jerónimo Martins sobem 40% para 261 milhões de euros no primeiro semestre

  • Jul 29
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 26 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

As vendas consolidadas do grupo cresceram 20%, em termos homólogos, para os 11,9 mil milhões de euros.

A Jerónimo Martins reportou esta terça-feira um resultado líquido foi de 261 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, o que significa um aumento de 40,3% em comparação ao primeiro semestre de 2021.

O lucro por ação foi de 42 cêntimos e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa fixou-se nos 851 milhões de euros, depois de um acréscimo de 19% relativamente ao mesmo semestre do ano passado.

“A força do desempenho das nossas equipas nos primeiros seis meses do ano é inegável, num contexto de muita incerteza, com elevada inflação alimentar, uma crise energética sem precedentes neste século, e disrupções ao nível das cadeias de abastecimento internacionais”, comentou o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, no relatório financeiro.

As vendas consolidadas do grupo cresceram 20%, em termos homólogos, para os 11,9 mil milhões de euros. Por outro lado, o programa de investimento da Dona do Pingo Doce atingiu os 318 milhões de euros neste período, dos quais pouco mais de metade (51%) foram canalizados para a Biedronka, na Polónia.

“A crise energética acarreta aumentos continuados e significativos nos custos de eletricidade e dos transportes que exigem um foco acrescido das equipas na gestão rigorosa da produtividade e da eficiência. Esta situação aconselha prudência quando projetamos a evolução da inflação em geral e as suas consequências socioeconómicas”, adverte o CEO, no documento enviado à CMVM.

Os supermercados Pingo Doce viram as vendas crescer 8,5% entre janeiro e junho para 2,1 mil milhões de euros e 10,9% só no segundo trimestre. Já o Recheio beneficiou da retoma do turismo no país e, portanto, de mais compras por parte dos restaurantes, tendo esta insígnia registado um crescimento de vendas de 28,9% para 513 milhões de euros ( e 26,8% no segundo trimestre ).

Logo, a retalhista mantém o outlook. “O esforço de contenção dos preços de venda será mantido, num contexto em que a inflação ao nível dos custos aumentará a pressão sobre as margens percentuais das nossas insígnias. Reafirmamos, assim, as perspetivas para o ano tal como apresentadas no dia 9 de março de 2022, aquando da divulgação dos resultados de 2021”, conclui Pedro Soares dos Santos.