População em municípios com área predominantemente rural tem diminuído

  • Jul 29
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 25 de julho de 2022. Leia o original aqui.

 

Segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, nestes territórios é maior a presença da população com 65 anos ou mais.

A densidade populacional em municípios com área predominantemente rural tem diminuído, conforme apontou um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) sobre “Territórios de bem estar – Assimetrias nos municípios portugueses”.

“Nos municípios com maior área predominantemente rural, a densidade populacional tem diminuído e é menor em municípios com maior presença de população masculina e feminina com 65 ou mais anos, ou seja, nos territórios mais envelhecidos”, diz o estudo.

Por outro lado, “municípios com maior densidade populacional apresentam uma distribuição etária mais jovem, uma maior expressão da população ativa e também registam um acréscimo da população mais idosa”.

Quanto à formação, “nos territórios mais densamente povoados, é maior a presença de profissionais técnicos e de enquadramento (PTE), de população com escolaridade superior e com rendimentos mais elevados, e menor a percentagem de trabalhadores independentes (TI) e de operários industriais e agrícolas (O). A população nestes territórios é prevalecente no ensino básico e está também com maior frequência em condição de inatividade”.

Relativamente às classes sociais e ainda sobre formação, “nos municípios com maior presença de posições sociais caracterizadas pela maior disponibilidade de recursos, poderes e status (EDL — empresários, dirigentes e profissionais liberais), bem como de categorias que envolvem as atividades intelectuais e científicas (PTE — profissionais técnicos e de enquadramento) é mais expressiva a presença de habitantes com o ensino superior, assim como maiores valores de taxas de variação do ensino secundário e superior”.

“Municípios com maior presença de trabalhadores independentes (TI) surgem também com maiores valores de taxa de variação do ensino secundário, além de uma maior presença de inativos e de residentes  sem grau de escolaridade ou com o ensino básico. A presença de trabalhadores de execução direta na prestação de serviços variados (EE — empregados executantes) associa‑se a um maior número de indivíduos com o ensino secundário”, indica o estudo.