Preços dos alimentos sobem em janeiro, aponta ONU

  • Fev 7
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 3 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação.

Os preços mundiais dos alimentos atingiram níveis máximos dos últimos 10 anos, liderados por um salto no preço de óleos vegetais, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira citada pela “Reuters”.

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO na sigla inglesa), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 135,7 pontos no mês passado, contra 134,1 em dezembro.

Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação à medida que as economias se recuperam da crise do coronavírus e do alerta da FAO para os custos mais altos estão colocando em risco as populações mais pobres em países dependentes de importações.

A FAO disse que o índice de óleos vegetais subiu 4,2% em janeiro para atingir níveis recordes, devido à redução das disponibilidades de exportação e outras restrições do lado da oferta, especialmente escassez de mão de obra e clima desfavorável.

Por sua vez, o índice de preços de lácteos da FAO aumentou 2,4%, o quinto aumento mensal consecutivo, com os ganhos mais acentuados registados pelo leite em pó desnatado. Já o índice de preços dos cereais subiu apenas 0,1%, com o milho registando um ganho de 3,8%.

A par com os restantes alimentos os preços da carne também subiram em janeiro, enquanto o açúcar foi o único índice a registrar queda, caindo 3,1% em relação ao mês anterior devido, em parte, às perspetivas favoráveis ​​de produção nos principais exportadores Índia e Tailândia.

A FAO anunciou ainda que elevou a sua projeção para a produção global de cereais. “Para 2022, espera-se que as plantações globais de trigo se expandam, impulsionadas principalmente pelas condições climáticas favoráveis ​​​​no hemisfério norte, embora os altos custos dos insumos possam impedir uma expansão maior”, disse a FAO.

Prevê-se que a utilização mundial de cereais em 2022 aumente 1,6% acima do nível de 2020/21, atingindo 2,805 mil milhões de toneladas.