Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 2 de março de 2022. Leia o original aqui.
O preço do trigo voltou a disparar hoje, após atingir o nível mais alto desde 2008 nos mercados norte-americanos no dia anterior, como resultado da invasão russa na Ucrânia.
O preço do trigo voltou a disparar hoje, após atingir o nível mais alto desde 2008 nos mercados norte-americanos no dia anterior, como resultado da invasão russa na Ucrânia.
Os contratos futuros de trigo, que têm estado a valorizar-se desde o início do conflito, subiram hoje 7,6% para 10,59 dólares, no mercado de referência dos Estados Unidos, em Chicago.
Na terça-feira, o trigo já estava em alta de mais de 5%, para 9,84 dólares, numa forte reação do mercado ao risco de que o crescente conflito na Europa Oriental representa para o fornecimento.
O mercado de Chicago suspendeu a cotação dos contratos futuros de maio pelo terceiro dia consecutivo, quando foi atingido o aumento máximo de preço permitido num dia, informaram os meios especializados.
Segundo os analistas, o trigo é um dos produtos agrícolas mais expostos ao conflito, já que a Rússia e a Ucrânia concentram cerca de um quarto da produção mundial desse cereal e são grandes exportadores.
As hostilidades atingem também outros produtos básicos de grande consumo, como o milho, girassol e outras sementes, cujos preços em alta preocupam autoridades a nível global, que procuram alternativas.
Os contratos futuros de milho para maio subiram 0,10% na manhã de hoje, para 7,26 dólares, após subirem 5% na terça-feira no mercado norte-americano.
De acordo com os dados analisados pelo canal CNBC, o preço do trigo subiu mais de 36% desde o início deste ano e o do milho 21%.