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Retalho na zona euro sofre com a Ómicron em dezembro

  • Fev 9
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 4 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Com a descoberta da variante Ómicron no final de dezembro, o retalho sofreu com a reintrodução de medidas restritivas e a menor propensão para o consumo pelas famílias. Estas restrições devem continuar a condicionar o indicador no início de 2022 e subida da inflação não ajuda.

As vendas a retalho na zona euro caíram a um ritmo considerável em dezembro, recuando 3,0% em relação ao mês anterior, quando haviam crescido 1,0% em novembro. A queda era já esperada, dado o impacto da Ómicron no sector, mas superou as projeções dos analistas, que apontavam para um recuo de 0,5%.

Estes números espelham as restrições colocadas em vigor no final do ano passado, perante o ressurgimento da pandemia em força na Europa, à boleia da descoberta da variante Ómicron. Estas, explica a análise da Pantheon Macro, condicionaram a propensão para o consumo das famílias europeias, com o comércio online a não ser suficiente para compensar as perdas nas lojas físicas. O departamento de análise económica e financeira do ING destaca o impacto das economias onde as restrições foram mais severas, como a Alemanha ou os Países Baixos, no resultado final.

A evolução no último mês do ano significa que as vendas a retalho subiram apenas 0,3% no quarto trimestre de 2021, o que representa um abrandamento em relação aos 0,9% do período anterior. Por outro lado, a imposição destas medidas restritivas já no final do mês significa que os seus efeitos se prolongarão, provavelmente, para o início de 2022, pelo que uma recuperação forte na leitura de janeiro não é expectável.

Este resultado condiciona o consumo interno no bloco da moeda única, alerta o think-tank norte-americano, o que terá impactos no seu crescimento. Esta conclusão é fortalecida pelas prestações fracas de outras componentes do consumo, como as vendas automóveis ou os gastos em serviços, especialmente em sectores mais sensíveis às perturbações causadas pela pandemia, como o alojamento ou a restauração.

O banco ING reforça que o efeito da queda do retalho no consumo é conjugado com o fenómeno da inflação, que tem vindo a retirar poder de compra às famílias europeias. As subidas na energia têm-se refletido em preços mais altos na generalidade dos sectores, algo que não tem sido acompanhado de uma evolução nos salários, o que piora as perspetivas no que respeita aos gastos das famílias nos próximos meses, nota o departamento de análise económica e financeira do banco neerlandês.

Ainda assim, há aspetos positivos nestes dados, particularmente no que diz respeito ao emprego, que não sofreu quebras. Isto significa que os empregados do sector mantêm os seus rendimentos, o que ajudará ao consumo nos próximos meses. Acresce a isto a probabilidade de levantamento da generalidade das restrições em grande parte das economias europeias no segundo trimestre, o que resultará numa recuperação deste indicador nesse período, perspetivam a Pantheon.

Seca: Redução de água nas barragens do Norte acompanhada com “atenção”

  • Fev 9
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 3 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Em declarações à agência Lusa, o responsável da APA, Autoridade Nacional da Água, explicou que para aquelas três albufeiras “foram definidas cotas limite a partir das quais não se pode produzir de energia hidroelétrica para guardar água para dois anos de consumo urbano”.

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse hoje que o baixo nível de armazenamento de água nas bacias hidrográficas do Norte está a ser acompanhado com “particular atenção”, apesar do limite já fixado para produção de energia.

“Na bacia do Lima, a albufeira do Alto Lindoso, está a 15% do seu volume total (…). Na bacia do Cávado, na barragem do Alto Rabagão, a percentagem de água armazenada é de 20%, também um valor baixo para esta altura do ano e, na bacia do Douro, a barragem de Vilar de Tabuaço (Sernancelhe) também regista valores baixos, 19% do volume total de água armazenada”, afirmou Pimenta Machado.

Em declarações à agência Lusa, o responsável da APA, Autoridade Nacional da Água, explicou que para aquelas três albufeiras “foram definidas cotas limite a partir das quais não se pode produzir de energia hidroelétrica para guardar água para dois anos de consumo urbano”.

“Do ponto de vista do abastecimento público, os valores estão seguros. Garantem dois anos, mesmo que não chova e, obviamente, essa é uma situação impensável”, referiu Pimenta Machado,

Especificou que na barragem do Alto Lindoso, em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, “foi fixada a cota 286, quando o nível mínimo de exploração é a cota 280”.

No Alto Rabagão “foi fixada a cota 849,9 e, na barragem de Vilar de Tabuaço a cota 532”.

“Hoje em dia, já temos mecanismos que nos permitem reajustar as cotas das albufeiras onde existe produção de energia hidroelétrica. Sem que isso implique qualquer indemnização à EDP. Nos contratos de concessão está prevista esta situação. Foi com base nesses mecanismos que fixamos esses novos limites”, sustentou.

Segundo Pimenta Machado, esta medida já pode vir a ser reajustada, caso seja necessário.

“Durante o mês de fevereiro vamos estar muito vigilantes. Vamos monitorizar a situação todos os dias. Já estão previstas novas reuniões para o início de março para reavaliar todas as medidas que já tomamos e reajustar, se necessário”, observou.

Garantiu ainda o “reforço de monitorização à qualidade da água, quer na bacia do Lima quer na do Douro e nas outras bacias da região para avaliar a evolução do seu estado”.

“A qualidade da água [é] sempre um tema preocupante em tempo de seca. No caso particular da bacia do Lima, a água da rede é de qualidade. É verdade que quando os níveis reduzem a água pode piorar, mas não é o caso”, sustentou, referindo-se às preocupações hoje manifestadas pelo presidente da Câmara de Ponte da Barca.

Pimenta Machado destacou que janeiro passado “foi o segundo mais seco dos últimos 20 anos, com valores muito reduzidos de precipitação” e adiantou que “as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam que nos próximos 15 dias o tempo vai continuar seco”.

“Estamos a reunir com as entidades gestoras, com a EDP, com os municípios, com a Comissão Nacional de Albufeiras para adotar medidas para fazer frente a um ano muito seco. Vamos iniciar um conjunto de reuniões regionais, sub-regionais para monitorizar e reavaliar as medidas já tomadas”, apontou.

Pimenta Machado acrescentou que a APA vai iniciar, em conjunto com os municípios, campanhas de sensibilizar da população para a poupança da água, e maior eficiência na sua utilização”.

Indicou a criação de condições para o uso não potável das águas residuais das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) quer para os regadios, quer para lavagem de ruas.

“Há um diploma que define as condições para a reutilização das águas residuais das ETAR. É obviamente uma fonte alternativa para poupar água”, disse.

Pimenta Machado apelou à poupança de água, preocupação que, defendeu, deve começar nas pequenas atividades domésticas.

“Lavar com menos frequência o carro, ter cuidado com a rega do jardim, usar torneiras mais eficientes”, exemplificou.

Às entidades públicas que fornecem água às populações, pediu o reforço da aposta no uso eficiente da água, reduzindo as perdas, o mesmo que propôs ao setor agrícola, “principal consumidor de água no país, mais de 70%.

“Portugal tem um consumo anual da ordem dos seis mil hectómetros cúbicos de água, qualquer coisa como dois Alqueva. É preciso apostar muito na eficiência para poupar água”, sublinhou.

“Carne Ramo Grande” reconhecida como denominação de origem protegida pela UE

  • Fev 8
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A Comissão Europeia anunciou em comunicado que esta carne produzida nos Açores foi adicionada ao registo das DOP.

O registo de denominação de origem protegida são indicações geográficas definidas na legislação da UE para proteger produtos tradicionais. Este registo conta com  uma lista de 1.574 produtos agrícolas protegidos, que constam na base de dados da eAmbrosia, plataforma com o registo legal das indicações geográficas registadas e protegidas em toda a UE.

A Comissão Europeia destaca que esta carne da raça bovina Ramo Grande, criada no arquipélago dos Açores, é influenciada  “pelas condições naturais do arquipélago”. Em concreto, “as condições climáticas dos Açores, combinadas com a técnica especial de reprodução, permitem o pastoreio durante todo o ano” e acrescenta que “os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”.

A “Carne Ramo Grande” é “uma carne de cor vermelho vivo, com tendência a ficar mais intenso em contacto com o ar e com a idade do animal, de consistência firme decorrente da presença de tecido conjuntivo interfascicular em proporção variável e com cheiro aromático intrínseco da espécie” informa a a página na Internet da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural sobre produtos tradicionais portugueses. Ainda segundo a mesma página, para chegar a tais características, a alimentação dos animais é feita de acordo com os moldes tradicionais de criação, pelo que a base da alimentação são as pastagens, naturais ou melhoradas. Ainda segundo  a DGADR a área geográfica abrangida por esta denominação é todo o arquipélago dos Açores.

Em resposta aos jornalistas António Ventura, Secretário Regional da Agricultura, declarou que “É um bem que nós temos de reconhecimento internacional. Temos de estar todos felizes e orgulhosos por mais este bem alimentar que é produzido nos Açores e que obviamente valoriza a nossa história e vai valorizar o nosso futuro”.

Acrescentou ainda que “os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”.O secretário regional da Agricultura, sublinhou também que esta designação confere “suporte jurídico e de reconhecimento internacional” a um “produto único que resulta do saber fazer e das condições edafoclimáticas e geográficas” dos Açores. “A carne tem de facto sabor diferente, é uma carne com a apreciação diferente de todas as outras carnes. Temos um produto único e, por isso, tem a denominação de origem protegida”,

Por fim lembou que “Para aderirem novos produtores não é só necessário este selo de qualificação. É preciso agora – e a bola está do nosso lado – a existência de um plano de afirmação deste mesmo reconhecimento. Vamos suportar-nos neste selo e nesta valorização internacional para criar mercado e conquistar novos mercados”.

Portugueses passam quase quatro dias por ano em compras de supermercado

  • Fev 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 3 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Um em cada cinco inquiridos afirmou que vai aumentar a frequência de compra online, e 9% tem intenções de gastar mais. Razão: despendem-se, em média, 3,7 dias por ano em compras em lojas físicas, enquanto que, no online, este valor é de 2,4 dias. No que diz respeito a gastos, em lojas físicas estes revelam-se mais do dobro do que em compras online. Consumidores querem otimizar os seus recursos.

Portugueses admitem comprar e gastar mais em compras online de supermercado em 2022, indica um estudo sobre os hábitos de compras de supermercado ou hipermercado. Um em cada cinco inquiridos afirmou que vai aumentar a frequência de compra online, e 9% tem intenções de gastar mais.

“Os resultados demonstram que os consumidores portugueses estão mais predispostos a otimizar o seu tempo para outras tarefas ou momentos de lazer”, sublinha Nuno Serradas Duarte, CEO da 360hyper, startup responsável pelo estudo.

O estudo mostra que se despende, em média, 3,7 dias por ano em compras de supermercado ou hipermercado em lojas físicas, enquanto que, no online, este valor é de 2,4 dias. No que diz respeito a gastos, em lojas físicas estes revelam-se mais do dobro do que em compras online.

De facto, alguns entraves apontados às compras físicas são o tempo que se gasta (42%), a existência de muitas pessoas nas superfícies (42%) e comprar mais do que o estipulado (24%). Mesmo assim, quatro em cada cinco visita mais do que um supermercado/hipermercado numa semana comum.

Mensalmente, os inquiridos gastam nas compras em lojas físicas mais do dobro (277€) do que em compras online (127€). No que diz respeito a planeamento, 84% dos compradores offline admite comprar mais do que pensava antes de entrar na loja, sendo que este valor desce para 58%  em compras online.

Quem aponta que gasta mais do que o planeado em loja física gasta efetivamente mais 22€ mensais face à média. Já quem faz lista de compras para evitar comprar mais do que precisa gasta menos 12€ mensais face à média.

Quando questionados acerca do grau de satisfação com o tipo de compra, percebe-se que o agrado com as compras online é ligeiramente superior (20% responderam “gosto muito”) ao agrado com as compras offline (14%).

As principais razões têm a ver com o facto de ser mais cómodo (68%), mais rápido (42%) e existirem promoções exclusivas (38%). Razões como gostar de ser o próprio a escolher o que compra (65%), custos de entrega (47%) e a impossibilidade de experimentar os produtos (36%) fazem parte da lista de entraves.

Os principais produtos comprados online são os de higiene pessoal e limpeza para a casa, enquanto que carnes/peixes, frescos e leite/derivados de leite são os menos comprados por esta via. Em lojas físicas, todas as categorias de produtos acabam por estar representadas de forma equilibrada.

Volume do comércio a retalho desceu 3,0% na zona euro e 2,8% na União Europeia em dezembro de 2021

  • Fev 8
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 4 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

O Eurostat aponta que “na zona euro, em dezembro de 2021 em comparação com novembro de 2021, o volume do comércio a retalho diminuiu 5,2% para os produtos não alimentares, ao passo que aumentou 0,1% para combustíveis automóveis e diminuiu 0,3% para alimentos, bebidas e tabaco”.

O comércio a retalho registou uma descida de 3,0% na zona euro, e uma descida de 2,8% na União Europeia (UE) no mês de dezembro, de acordo com os dados revelados pelo gabinete de estatística da União Europeia (UE), Eurostat esta sexta-feira, 4 de fevereiro.

Segundo o Eurostat, “em dezembro de 2021, o volume do comércio a retalho, com ajuste sazonal, desceu 3,0% na zona euro e desceu 2,8% na UE, em comparação com novembro de 2021”.

No mês em análise, o volume do comércio a retalho aumentou 1% na zona euro e 0,9% na UE. Em comparação com dezembro de 2020, o volume do comércio a retalho cresceu 2,0% na zona euro e 2,6% na UE.

O Eurostat aponta que “na zona euro, em dezembro de 2021 em comparação com novembro de 2021, o volume do comércio a retalho diminuiu 5,2% para produtos não alimentares, ao passo que aumentou 0,1% para combustíveis automóveis e diminuiu 0,3% para alimentos, bebidas e tabaco.

Na UE, o volume do comércio a retalho diminuiu 5,0% para produtos não alimentares, manteve-se estável para automóveis combustíveis e caiu 0,2% para alimentos, bebidas e tabaco”.

Por estados-membros, os maiores aumentos mensais no total do comércio a retalho foram registados na Letónia (7,2%), Eslovénia (2,1%) Bulgária e Hungria (ambas com um aumento de 1,0%). As maiores diminuições foram observadas nos Países Baixos (9,2%), em Espanha (5,7%) e Alemanha (5,5%).

Quanto aos aumentos por ano, os dados do comércio a retalho dos Estados-Membros indicam que os maiores aumentos decorreram na Eslovénia (44,1%), Lituânia (16,2%) e Estónia (12,6%). Quanto às diminuições, a Irlanda reduziu 3,2%, Espanha e Finlândia cederam ambas 3,0% e a Austria desceu 2,4%.

Anadia recebe mostra de espumantes em maio

  • Fev 7
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O evento “Aqui na Barraida” regressa nos dias 7 e 8 de maio para “celebrar os vinhos, a gastronomia e a cultura bairradina”.

O evento, promovido pela Comissão Vitinícola da Bairrada (CVB) quer dar palco a um dos ex-libris da região e promover os produtos locais. “Pretendemos que esta seja a maior mostra de vinhos espumantes da região, trazendo à região, em dois dias, quem queira provar o que de melhor se faz em termos de produtos vínicos, mas também em termos de sabores. Por isso, integramos nessa mostra os pastéis de Águeda, os pastéis de Tentúgal, o leitão ou as iscas de leitão”, destaca Pedro Soares, presidente da CVB em declarações à Lusa..

O responsável sublinha que “não tínhamos a certeza de conseguir fazer um evento onde o contacto e a prova de vinhos é constante, por termos de ser prudentes. Mas, nesta altura, acreditamos que já se vislumbra um bocadinho de luz ao fundo do túnel e, cumprindo todas as exigências necessárias, contamos ser possível realizar este evento”.

Pedro Soares sublinha ainda que, na segunda edição deste evento, no distrito de Aveiro, os produtores irão pôr à prova grandes referências e os seus mais recentes rótulos de espumantes, brancos, rosés e tintos, todos com certificação de Denominação de Origem DO Bairrada ou IG Beira Atlântico.

O evento  que dar a conhecer aos visitantes “todo o potencial existente na região”. Para isso terá provas comentadas e “vinhos mais exclusivos”.  “Queremos incentivar a visita aos nossos produtores, para poderem falar com eles, conhecerem os seus produtos e tirarem dúvidas”, acrescentou.

A mostra ‘Aqui na Bairrada’ terá lugar no Pavilhão de Desportos de Anadia, sendo a entrada livre. Os visitantes podem adquirir o copo oficial da Bairrada por três euros para participar nas provas de vinhos e espumantes presentes na mostra de vinhos.

O presidente do  CVB acredita que “nos dois dias do evento, teremos mais de cinco mil pessoas. Queremos que as pessoas voltem a ter o hábito de visitar a região, pois é a melhor forma de valorizarmos os produtos endógenos e a economia local”.

Este evento conta com  o apoio da entidade Turismo do Centro de Portugal e do Instituto da Vinha e do Vinho.

 

 

 

 

Comércio agroalimentar da UE entre janeiro e outubro de 2021 sobe 6%

  • Fev 7
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 3 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

A exportações e importações da UE entre janeiro e outubro de 2021 atingiram um valor combinado de 268,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6 % em relação ao mesmo período do ano anterior, divulgou esta quinta-feira a Comissão Europeia. O excedente comercial agroalimentar fixou-se nos 57,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 14 % comparativamente ao período homólogo de 2020.

O valor total do comércio agroalimentar da UE (exportações mais importações) entre janeiro e outubro de 2021 atingiu um valor de 268,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6 % em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Comissão Europeia.

As exportações aumentaram 7 % para 162,8 mil milhões de euros, enquanto as importações aumentaram 4 % para 105,3 mil milhões de euros. O excedente comercial agroalimentar fixou-se, assim, nos 57,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 14 % comparativamente ao período homólogo de 2020.

O maior crescimento das exportações verificou-se para os Estados Unidos, com um aumento de 2,4 mil milhões de euros (sete pontos percentuais),  impulsionado pelos vinhos, bebidas espirituosas e licores, mas também pelo chocolate e produtos de confeitaria.

Além disso, as exportações para a Coreia do Sul e a Suíça aumentaram 698 milhões de euros e 588 milhões, respetivamente, enquanto também  foram registados aumentos nas exportações para a Noruega (473 milhões de euros) e Israel (395 milhões).

As exportações para o Reino Unido sofreram uma quebra no início do ano e o aumento de 0,01% no total dos 12 meses reflete a forma como recuperaram ao longo do ano. Mas as importações de lá caíram mais do que as de qualquer outro país: 3,3 mil milhões de euros ou 26%.

Não obstante, as exportações para vários países caíram: o maior declínio foi observado nas exportações para a Arábia Saudita (548 milhões de euros) – em grande parte devido à queda nas exportações de trigo, cevada e preparações de cereais – , seguido de Hong Kong (245 milhões) e Kuwait (130 milhões).

Em relação a categorias específicas de produtos, os primeiros dez meses de 2021 registaram grandes aumentos nos valores de exportação de vinho (3 mil milhões de euros ou 27%) e bebidas espirituosas e licores (1,4 mil milhões ou 26%).  As maiores reduções foram observadas nas frutas tropicais, nozes e especiarias (602 milhões ou -5,3%) e sumos de frutas (200 milhões ou -11,9%).

Preços dos alimentos sobem em janeiro, aponta ONU

  • Fev 7
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 3 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação.

Os preços mundiais dos alimentos atingiram níveis máximos dos últimos 10 anos, liderados por um salto no preço de óleos vegetais, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira citada pela “Reuters”.

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO na sigla inglesa), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 135,7 pontos no mês passado, contra 134,1 em dezembro.

Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação à medida que as economias se recuperam da crise do coronavírus e do alerta da FAO para os custos mais altos estão colocando em risco as populações mais pobres em países dependentes de importações.

A FAO disse que o índice de óleos vegetais subiu 4,2% em janeiro para atingir níveis recordes, devido à redução das disponibilidades de exportação e outras restrições do lado da oferta, especialmente escassez de mão de obra e clima desfavorável.

Por sua vez, o índice de preços de lácteos da FAO aumentou 2,4%, o quinto aumento mensal consecutivo, com os ganhos mais acentuados registados pelo leite em pó desnatado. Já o índice de preços dos cereais subiu apenas 0,1%, com o milho registando um ganho de 3,8%.

A par com os restantes alimentos os preços da carne também subiram em janeiro, enquanto o açúcar foi o único índice a registrar queda, caindo 3,1% em relação ao mês anterior devido, em parte, às perspetivas favoráveis ​​de produção nos principais exportadores Índia e Tailândia.

A FAO anunciou ainda que elevou a sua projeção para a produção global de cereais. “Para 2022, espera-se que as plantações globais de trigo se expandam, impulsionadas principalmente pelas condições climáticas favoráveis ​​​​no hemisfério norte, embora os altos custos dos insumos possam impedir uma expansão maior”, disse a FAO.

Prevê-se que a utilização mundial de cereais em 2022 aumente 1,6% acima do nível de 2020/21, atingindo 2,805 mil milhões de toneladas.

Conheça o e-book das boas práticas de economia circular para o sector agroalimentar

  • Fev 4
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O projeto luso-espanhol Reinova_S.i., que tem como objetivo promover a utilização de práticas de economia circular nas microempresas e PME agroalimentares, lançou um manual on-line.

Este e-book, com o título Economia Circular no Sector Agroalimentar: Um Guia de Boas Práticas de Economia Circular para o Sector Agroalimentar contém uma abordagem dinâmica sobre a economia circular assim como vários exemplos de boas práticas que podem ser adotadas pelas empresas participantes.

O manual está dividido em vários capítulos sectoriais, sendo as medidas para cada sector ilustradas com um exemplo real de sucesso.

O documento pode ser consultado aqui. .

 

Reciclar garrafas de plástico no supermercado pode dar-lhe um iPhone ou uma trotineta

  • Fev 4
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Este artigo foi publicado originalmente n’O Jornal Económico a 2 de fevereiro de 2022. Leia o original aqui

 

A startup The Loop Co está envolvida num projeto tecnológico de recolha de embalagens nos supermercados que dá pontos a quem as depositar nas máquinas para o efeito. O consumidor acumulará pontos num talão e, mais tarde, poderá trocá-los por prémios.

IPhones, Macbooks, trotinetes elétricas, drones, artigos de puericultura (para bebé), subscrições da Netflix ou do Spotify, bilhetes na Ticketline, códigos para entregas na Glovo e vales para os cinemas da NOS. São estes os oito tipos de prémios que pode ganhar se depositar embalagens de plástico de que não precisa em 33 supermercados Continente, Pingo Doce, Auchan, Supercor e Intermarché, onde há máquinas automáticas para a recolha das garrafas, por exemplo.

A startup portuguesa The Loop Co é responsável a tecnologia por detrás da aplicação que permite aos portugueses reciclar embalagens de plástico e trocá-las por pontos que dão prémios ou fazer doações para instituições como a Ajuda de Berço e Associação Mais Proximidade Melhor Vida, a partir desta quarta-feira.

“A verdade é que a mentalidade dos consumidores portugueses em relação à circularidade das embalagens tem de mudar. A recompensa através destes prémios na nossa aplicação é um caminho para esse fim, antes que seja demasiado tarde”, disse o diretor tecnológico da empresa, João Rodrigues.

A plataforma da startup de Coimbra está a ser implementada em parceria com os projetos da APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e da PROBEB – Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas.

A autarquia de Cascais também lançou recentemente uma iniciativa desse género: se reciclar recebe prémios (mais precisamente, pontos), no âmbito de um projeto-piloto, desenvolvido pela Cascais Ambiente em parceria com a Nova School of Business and Economics (SBE), que visa preparar terreno para a introdução do Sistema de Depósito e Retorno (SDR) do município.

É com um milhão de embalagens recolhidas que se comemora o primeiro aniversário do projeto O iREC – Inovar a Reciclagem, criado como SDR em 2021 para dar pontos aos munícipes que separem corretamente as embalagens de bebidas de vidro, plástico PET (polietileno tereftalato) e metal, atingiu ontem um milhão de embalagens recolhidas.

“Testamos soluções que nos permitem avançar para o terreno com maior conhecimento, assim que a legislação for aprovada. Sabemos hoje que é fundamental o envolvimento de todos os stakeholders para que o sistema possa funcionar. Uma boa articulação entre o serviço de recolha e os retalhistas é fundamental”, garantiu o presidente do conselho de administração da Cascais Ambiente, Luís Almeida Capão.

A associação SDR Portugal, onde está a Coca-Cola, Central de Cervejas, Sumol+Compal, Super Bock Group, Unilever, Auchan, Intermarché, Lidl, Pingo Doce e Sonae MC, também vai investir, cerca de 100 milhões de euros, nestes sistemas e vai candidatar-se à licença ou concessão de gestão da SDR.

O SDR remonta à lei n.º 69/2018, de 26 de dezembro, que foi aprovada na Assembleia da República há pouco mais de três anos com os votos favoráveis do PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDS-PP, PAN. A implementação de um SDR teve luz verde com maioria parlamentar e deveria começar a vislumbrar-se a partir do início de 2022, mas há especialistas da associação ambientalista Zero que acreditam que o sistema só deverá estar operacional no próximo ano.